Índice
O Dia Mundial da Saúde Mental 2025, celebrado em 10 de outubro, convida o mundo a refletir sobre um tema urgente e atual: “Acesso aos serviços: Saúde mental em catástrofes e emergências.”
Neste ano, a data destaca a importância de proteger a mente e o coração das pessoas que enfrentam as consequências de crises humanitárias, desastres naturais, conflitos e emergências de saúde pública.
©Guardian/Instagram
As emergências, que podem ser surtos, conflitos ou catástrofes naturais, deixam marcas profundas. Elas destroem comunidades, interrompem vínculos sociais, provocam deslocamentos e alimentam sentimentos de medo, perda e incerteza. Em contextos assim, quase todos experimentam algum grau de sofrimento psicológico.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada cinco pessoas desenvolverá um transtorno mental que exigirá cuidados especializados.
Nos últimos anos, o continente africano tem enfrentado mais de uma centena de emergências de saúde pública por ano, desde epidemias como o Ebola e a cólera até catástrofes ambientais e conflitos armados. Esses acontecimentos não afetam apenas os corpos, mas também as mentes, comprometendo a resiliência das comunidades e sobrecarregando sistemas de saúde já frágeis.
Em 2024, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou uma resolução histórica que determina a integração da saúde mental e do apoio psicossocial (SMAPS) em todas as etapas de resposta às emergências. Essa decisão representa um passo fundamental para que os cuidados cheguem também às regiões mais vulneráveis, onde os impactos psicológicos são mais profundos e duradouros.
Atualmente, onze países africanos já incorporaram a SMAPS em seus planos nacionais de gestão de desastres, enquanto outros estão incluindo o tema nos serviços de saúde primária. O objetivo da OMS é claro: até 2030, 80% dos países da região devem possuir sistemas robustos de apoio psicossocial.
Apesar dos progressos, o investimento em saúde mental ainda é insuficiente. Apenas dez países contam com orçamentos específicos para o setor, e o gasto médio regional permanece abaixo de 0,50 dólar por pessoa. É essencial que os governos ampliem o financiamento, fortaleçam políticas públicas e garantam que o cuidado emocional seja parte integrante da preparação e da resposta a emergências.
© Alexander Suhorucov/Pexels
Para acelerar os avanços, a OMS recomenda que os países:
A saúde mental não deve ser vista como um luxo, mas como uma necessidade vital. Em contextos de crise, o apoio psicológico é uma ferramenta essencial de sobrevivência e recuperação. Ele oferece esperança, conforto e força para reconstruir vidas e comunidades.
Neste Dia Mundial da Saúde Mental 2025, o chamado é à ação: investir mais, planejar melhor e agir com união. Com sistemas sólidos, políticas inclusivas e compromisso coletivo, será possível garantir que o apoio emocional esteja disponível quando e onde for mais necessário.
Proteger a saúde mental é proteger o futuro. Que este 10 de outubro inspire um compromisso duradouro com o cuidado, a empatia e a dignidade humana.
Leia também:
Disposofobia: o transtorno do acumulador compulsivo com mania de guardar tudo
Narcisismo Maligno ou Perverso: O Lado Mais Sombrio da Personalidade Narcisista
Desamparo Aprendido: um Fenômeno Prejudicial ao Ser Humano
Categorias: Saúde e bem-estar
Publicado em 10/10/2025 às 3:14 pm [+]
É fascinante ver como, em crises que destroem everything, a gente só pensa no que vai dar errado com o *corpo*. Mas ó, claro, a mente também precisa de um check-up! A OMS é top em decidir que saúde mental é prioridade, aí já vai valendo pra gente incluir a SMAPS em todos os planos, não é? Pelo menos até 2030, que é o prazo pra gente aprender a cuidar bem da gente. O desafio? Dividir o orçamento global e conseguir mais gente fazendo formação em primeiros socorros psicológicos. Enfim, cuidar da mente não é luxo, é essencial, e aí vamos nós, com mais investimento, planejamento e, quem sabe, um pouco mais de paciência uns com os outros!vòng quay may
Publicado em 10/10/2025 às 3:32 pm [+]
2sbhgq