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Esporte é vida! Pois faz bem à saúde, todos sabem, mas alguns chamam a atenção pela periculosidade que representam e, ao invés de vida, estão mais próximos da morte. É o caso do Tourist Trophy da Ilha de Man (Isle of Man TT), considerado o campeonato de automobilismo mais perigoso do mundo.
O evento ocorre todos os anos entre maio e junho nas ruas da pequena ilha de mesmo nome, uma comunidade autônoma situada no mar entre a Irlanda e a Grã-Bretanha.
O Tourist Trophy acontece desde 1907 e já registrou mais de 250 acidentes fatais. O que leva as pessoas a curtirem esse tipo de evento?
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O campeonato acontece por entre as ruas fechadas ao público na Ilha de Man, graças a uma lei local. O evento consiste em uma semana de treinos seguida de uma semana de corrida.
A primeira corrida aconteceu no dia 28 de maio de 1907 e foi chamada de International Auto-Cycle Tourist Trophy. Tratava-se de um percurso de 10 voltas entorno da Isle of Man St John’s Short Course, de 15 milhas. Depois o percurso mudou de local alongando-se para as 37, 40 milhas do Snaefell Mountain Course que está a 1.300 pés do nível do mar.
Tradicionalíssima, a corrida não ocorreu entre 1915 e 1919 por causa da Primeira Guerra Mundial, tampouco entre 1940 e 1945 devido à Segunda Guerra Mundial. Recentemente, com a pandemia, a Tourist Trophy teve uma pausa de dois anos (2020/2021).
Este é considerado o evento automobilístico mais perigoso do mundo, não fatal apenas para os pilotos, bem como para o público que o assiste. Em 2007, um incidente resultou na morte de um piloto e dois espectadores.
Esse ano, o Tourist Trophy ocorreu entre 29 e maio e 10 de junho, seguindo sempre a mistura de encanto, tradição e tragédia. Quem gosta desse tipo de evento o associa à coragem e à liberdade, enquanto outros o criticam por anacronismo e mau gosto, afinal, falta segurança! A velocidade é muito alta e qualquer acidente é potencialmente fatal.
A edição 2022 por exemplo, teve o maior número de vítimas desde 1989, com 5 vítimas fatais incluindo Roger e Bradley Stockton, pai e filho, 56 e 21 anos, mortos em um acidente com o sidecar.
“Há uma atmosfera extraordinária que é muito envolvente; onde pilotos, espectadores e marshalls (que nem são pagos) se sentem parte de uma comunidade especial e intimamente relacionada”, conta o Moto.it
“Todo entusiasta tem a grande oportunidade de assistir a corrida muito de perto, em lugares espetaculares, depois se aproximar dos pilotos e conversar com eles. Ninguém vai (para a ilha) para presenciar acidentes, mas apenas para participar do evento mais envolvente do ano”.
Interessante para quem gosta de estudar a natureza humana. Esporte é vida ainda que esteja mais perto da morte? A vida vivida ao extremo, sem medo da morte, é ainda mais vida que estar em casa vendo televisão?
O homem sempre gostou de sangue e tragédia, do Gladiador ao Shakespeare.
O fato é que em 2022 ainda existem espetáculos de morte explicita (ou de vida, se preferirem).
O que vocês acha? Comenta com a gente!
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Categorias: Esporte e Tempo Livre
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