Ecoturismo para todos: governo promove acessibilidade em parques nacionais


O ministério do Meio Ambiente deu início a um projeto de inclusão, em parques florestais nacionais, com a entrega de um primeiro lote de cadeiras de rodas adaptadas para a prática de ecoturismo.

A estreia do programa Parque+ ocorreu na Floresta Nacional de Brasília (DF), mas serão distribuídas, ainda, 30 cadeiras a parques com potencial de ecoturismo em todo o país, informa o site do Governo do Brasil.

De acordo com o ministro da pasta, Ricardo Salles:

“Ela [cadeira] tem esse papel, trazer as pessoas com deficiência para conhecer, aproveitar, participar, por si só, com a sua família, com seus amigos. Todo movimento do Governo Federal no sentido de valorizar os parques nacionais com as concessões que estão sendo feitas, se torna mais relevante agora com esse apoio às pessoas com deficiência. Nós precisamos ter o foco nos usuários, nas famílias, nas próprias pessoas que têm deficiência. Para que elas se sintam bem, que elas se sintam mais acolhidas dentro dos parques nacionais.”

A atleta de canoagem Andrea Pontes foi a primeira cadeirante a usar o equipamento. Ela acredita que essa experiência vai levar mais pessoas com deficiência a desfrutarem do contato com a natureza.

“É a primeira vez que estou andando na cadeira. É super confortável, tranquila, contempla qualquer tipo de deficiência”, explicou Andrea. “É uma cadeira para todos, sem exceção. Inclusão, né”, conta a atleta.

A cadeira possui suportes laterais para manter o usuário em equilíbrio, cinto de segurança, apoios para cabeça e pés e freio estacionário.

O incentivo à prática de atividades físicas e lazer a portadores de necessidades especiais tem parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Excelente notícia, mas…

Uma excelente notícia, sem dúvida, mas é preciso esclarecer que a ação é consequência do leilão de parques nacionais promovido pelo ministério do Meio Ambiente, o qual divide gestores ambientais.

Segundo a Folha de S. Paulo, a preocupação entre os gestores ambientais é que o  ICMBio perca autonomia na gestão das unidades de conservação, o que significaria favorecer as empresas concessionárias em detrimento da conservação da natureza.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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