Como a ciência pode ajudar na educação do seu filho


O desafio de criar filhos não tem idade. Bebês, crianças pequenas, crianças maiores, adolescentes. Cada fase demanda novas habilidades por parte dos pais e há sempre a insegurança em cada um deles se está ou não indo pelo caminho certo. Porém as descobertas científicas têm dado uma forcinha para ajudar nessa tarefa.

Inúmeros estudos mostram que existem formas mais “seguras” de proporcionar aos filhos uma educação de qualidade, que os ajude a serem mais felizes e emocionalmente bem-sucedidos. Afinal, é isso o que todos os pais querem. Por isso, conheça abaixo algumas dicas da ciência para educar melhor os filhos.

1. Conectar e redirecionar

O best-seller “O Cérebro da Criança”, de Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson traz uma série de dicas da neurociência para educar os filhos. Uma delas é a de “conectar e redirecionar”.

É muito simples: o cérebro humano é dividido em dois hemisférios: o direito, não verbal, intuitivo, emocional, e o esquerdo, racional, literal, linear. Quando alguém perde a calma, por exemplo, o cérebro direito “assume” o controle. No caso das crianças, os episódios de birra entram nesse cenário. Nessa hora a principal dica é primeiro conectar-se com o cérebro direito da criança. Não vai adiantar explicar racionalmente por que ela não pode comer mais um sorvete, é preciso primeiro acolher o sentimento, por meio de olhares, gestos, palavras de conforto. Depois, quando a criança estiver mais calma, redirecione a atenção dela para o lado esquerdo do cérebro, argumentando e impondo limites. Dessa forma você vai estar trabalhando os dois hemisférios, de modo integrado.

2. Dê afeto e contato

Criança precisa de afeto e contato físico. Existem diversos estudos mostrando que uma criação amorosa e empática tem impacto significativo no desenvolvimento infantil.

Um estudo publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America) mostrou que um bom cuidado materno proporciona um aumento em uma estrutural cerebral chamada hipocampo, responsável pelo comportamento emocional e memória.

Por outro lado, crianças que passam por uma infância violenta são mais propensas a desenvolverem comportamentos agressivos, repetindo atitudes violentas, além de terem mais problemas psicológicos e emocionais.

3. Conte histórias

Quando seu filho passar por um episódio turbulento, como alguma briga na escola ou um susto, ajudem-no a contar a história para que ele assuma o controle e veja o sentido de cada experiência.

Contar histórias pode ser muito útil na criação dos filhos, pois os auxilia a entender melhor os acontecimentos. Isso evita que um fato fique guardado no inconsciente, com chances de causar problemas futuros, que eles não saberão de onde veio, pois as emoções envolvidas não foram trabalhadas e nomeadas.

4. Estimule o autoconhecimento

Muito além de estar triste ou feliz, o ser humano possui uma infinidade de sentimentos e sensações, e é importante que a criança aprenda toda riqueza que existe dentro dela para que tenha maior autoconhecimento e sinta-se no controle das próprias emoções.

Conhecer o mundo interno é uma das medidas mais importantes para criar adultos emocionalmente saudáveis. Invista nisso.

5. Conflitos ensinam

Embora sejam momentos indesejados para todos, os conflitos são essenciais para o amadurecimento. No caso das crianças, que estão em desenvolvimento, é ainda mais importante.

O conflito é uma oportunidade de os pais mostrarem para os filhos a importância da empatia, de ver as coisas pelas perspectivas dos outros, e aprenderem a ler corretamente os sinais que as pessoas transmitem para comunicar algo, principalmente a linguagem não verbal.

Além disso, o conflito ajuda a criança a saber lidar com as consequências e aprender formas de reparar erros que cometerem. Para os pais, esses momentos podem ser úteis como exercício de autoconhecimento e como ferramenta poderosa na criação de crianças emocionalmente saudáveis.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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