Autismo leve tem cura?


Se você conhece alguém que foi diagnosticado com autismo leve, deve ter se perguntado se isso teria cura, dado o termo “leve” do diagnóstico. O autismo é uma síndrome complexa. Existem mais de 200 genes ligados a ele e uma variedade muito grande dentro do que os especialistas chamam de espectro autista. Vejamos do que se trata, e se o autismo leve tem cura.

Dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention) mostram que existe 1 caso de autismo para cada 110 mil pessoas. No Brasil, são cerca de 2 milhões de casos. Dentro do espectro, cerca de 30 a 40% dos casos são de autismo leve.

Difícil de diagnosticar e diferente na gravidade dos sintomas, o autismo leve pode ser tratado, desde que corretamente diagnosticado. 

Saiba abaixo mais informações sobre esse tipo da síndrome.

O que é autismo leve?

O autismo leve é a versão do transtorno do espectro autista que apresenta sintomas menos agressivos. Geralmente, o diagnóstico é feito na infância. A criança com autismo leve apresenta dificuldades no desenvolvimento de habilidades sociais, comunicação, pode ter dificuldades cognitivas, apresentar problemas na escola e de comportamento.

Como reconhecer?

O autismo leve pode ser de difícil diagnóstico e até mesmo ser confundido com outros transtornos, como a hiperatividade, principalmente quando envolve uma inquietação excessiva por parte da criança. O diagnóstico da síndrome é clínico, ou seja, não existem exames de sangue ou de qualquer outro tipo que o diagnostique, mas sim um análise clínica do comportamento (às vezes efetuado em várias etapas ou consultas).

Existem alguns sinais que podem indicar que a criança possa ter autismo leve, como:

  • Pouco contato visual
  • Baixa interação social
  • Manias e padrões repetitivos de comportamento
  • Dificuldade em aceitar regras e rotinas
  • Linguagem mecânica e sem emoção
  • Problemas de comunicação
  • Dificuldades de adequação.

Autismo leve tem cura?

O autismo leve não tem cura, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado, o portador da síndrome pode ter uma vida normal, com independência e autonomia.

Após o diagnóstico, é importante contar com uma equipe multidisciplinar que envolva fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, entre outros.

Os pais ou cuidadores também são chamados para participarem do tratamento, aprendendo com os profissionais como lidar, brincar e interagir com a criança para que o tratamento surta efeito melhor e mais rápido. 

Apesar do choque que um pai possa receber com um diagnóstico do tipo, e sabendo tratar-se de uma síndrome cuja cura ainda não existe, é importante ter em mente que um tratamento adequado pode fazer com a criança se desenvolva normalmente, e até sem atraso escolar.

Somente para dar uma ideia, e uma esperança, tenha em mente que Greta Thunberg, a jovem ativista pelo meio ambiente, fora diagnosticada com Síndrome de Asperger, mutismo seletivo, TDAH e transtorno obsessivo-compulsivo. A síndrome de Asperger é um termo não mais usado pela comunidade médica, tendo sido substituído por Desordem do Espectro Autista de nível 1, ou seja, leve.

O importante nestes casos é o diagnóstico precoce, ter muito amor, paciência e esperança, principalmente em famílias que não dispõem de meios financeiros para arcar com tratamentos privados, porque mesmo em casa é possível estimular a interação da criança. Converse com o médico, peça conselhos inclusive dicas de livros, canais no youtube e aplicativos para acompanhar a criança e seguir uma vida normal.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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