Crianças sírias: nossa indiferença é a sentença de morte delas


Os meios de comunicação estimam em 1.300.000 o número de pessoas desabrigadas por causa da guerra em Idlib (cidade no noroeste da Síria). Mas a verdade é que é impossível saber exatamente o tamanho do problema que aquele país está enfrentando.

Essas pessoas estão morrendo entre a cidade sitiada e a fronteira com a Turquia, sem comida, abrigo, gás ou eletricidade. Muitas delas são crianças e para estas, não há futuro, mas apenas sofrimento.

É a tragédia humanitária mais séria do século.

Estas são as palavras de Nicolò Govoni, um italiano de 27 anos que ajuda crianças refugiadas e que está entre os indicadas ao Prêmio Nobel da Paz. Ou seja, uma pessoa que sabe bem o que está acontecendo agora com os sírios, incluindo crianças: uma situação mais aberrante do que se possa imaginar.

Govoni explica que as tensões na Turquia estão atingindo picos vertiginosos.

“Protestos estão acontecendo em muitas cidades fronteiriças, em alguns casos com grupos de cidadãos turcos atacando sírios ou atividades executadas por sírios como represálias. Em resposta, a Turquia intensificou seu compromisso militar na Síria (…). Nos últimos dias, estima-se que mais de 30.000 refugiados tenham se reunido nas fronteiras gregas, tanto marítimas quanto terrestres, entrando em conflito com a polícia”.

Do outro lado da barricada, encontramos os gregos, também exaustos, com os pontos de acolhimento, os campos de refugiados para recepção e registro.

“Em Lesvos, um vídeo mostra os ilhéus fazendo lei com as próprias mãos, impedindo um barco de borracha de atracar. Um segundo vídeo mostra a guarda costeira tentando afundar outro barco de borracha. E hoje, como cinco anos atrás, uma criança se afogou tentando a travessia. Parece familiar? Talvez você esteja pensando em Alan Kurdi, o menino que morreu na praia. Estamos realmente dispostos a recomeçar tudo isso?”, continuou o ativista.

Ninguém sabe onde está acontecendo de verdade. Ninguém sabe o que fazer para ajudar as crianças sírias.

Não se trata de política, se trata de humanidade. Na Síria está rolando uma guerra mundial sobre as costas de um único país. E como o povo de Idlib diz: “a sua indiferença é nossa sentença de morte”.

https://www.facebook.com/govoninicolo/photos/a.913269222097333/2827825683975001/?type=3&theater

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Redação greenMe

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