“Um negro vale uma bala”: revelam em mensagens, alunos de escola privada no Rio de Janeiro


O racismo correu solto, cruel e às claras em mensagens trocadas entre alunos de uma escola de excelência em Laranjeiras no Rio de Janeiro. A vítima, uma adolescente negra, linda, de 17 anos foi comparada a chorume por seus colegas de escola.

Ndeye Fatou Ndiaye ao G1 revelou que:

“O meu colégio é de excelência, um dos melhores do Rio de Janeiro. A gente vê que, mesmo com pessoas que têm todos os acessos à educação, à informação, continua se propagando coisas extremamente racistas. É uma forma de mostrarmos que o racismo está em todos os lugares e a gente vai combater não só judicialmente, mas com conhecimento”.

Os professores de história da escola, o Colégio Franco-Brasileiro, à Ndeye, se disseram fracassados por não terem conseguido contar a história do Brasil como ela é, a história de uma violência, de uma crueldade, a história do genocídio de índios e da exploração de negros que revelam um DNA de raiva que passou de geração em geração, e que se vê aí, em pleno 2020, firme e forte.

Segundo noticiou o G1, as mensagens trocadas entre os alunos em um aplicativo, continham ideias repugnantes, de extremo racismo, de ignorância injustificável.

“Para comprar um negro, só com outro negro mesmo”
“Quando mais preto, mais preju”
“Dou dois índios por um africano”
“Um negro vale uma bala”

Algumas mensagens se referem à Ndeye:

“Fede a chorume”, diz um.
“Escravo não pode. Ela não é gente”.

Para explicar um pouco da história, bem pouco, apenas uma pequeníssima amostra do que os escravos trazidos da África sofreram em nossas terras, segue um post do Tonho Matéria, no Facebook.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10156788886071739&set=a.58356996738&type=3&theater

Por tudo o que esse povo passou, nós deveríamos apenas reverenciá-los e aprendermos com eles o que é força, resiliência e esperança. Não tem desculpa, não tem justificativa, não tem nem palavras. Contra o DNA da raiva, da intolerância e do ódio que assola o povo brasileiro, só a informação salva.

Racismo é ignorância!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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