Gays torturados e mortos na Chechênia. Por favor, parem! Petição


Parece notícia falsa dado que estamos em 2017 mas infelizmente é verdade! Na Chechênia o ódio (e a ignorância) são tão grandes que ali existe o primeiro campo de tortura para gays do mundo.

Uma coisa que ocorreu na época do nazismo e que não pode haver lugar nos dias de hoje. Em petição da Avaaz endereçada ao presidente Putin e às autoridades russas implora-se: “Como cidadãos globais preocupados com esta situação, nós pedimos que Vossas Excelências parem com a repressão contra os gays na Chechênia e defendam os valores de justiça e tolerância.”

A Chechênia é uma das repúblicas da federação russa. Ali, centenas de homens estão sendo detidos em uma prisão ilegal em Argum, cidade vizinha à capital Groznyj.

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A investigação

A prisão secreta fora descoberta por duas jornalistas do Novaya Gazeta, que apesar de não terem entrado no campo, investigaram através de várias testemunhas. Não se sabe quantas pessoas ao longo dos anos passaram por ali mas muitas testemunhas descreveram o horror que está acontecendo naquilo que vem sendo chamado de “campo de concentração gay”.

Segundo o jornal, choque elétrico, tortura, violência física e mental (“diziam que não merecemos viver”) fazem parte da rotina da prisão ilegal. Espancados com mangueiras de borracha, obrigados a sentar em garrafas, deixados sem comida ou água, às vezes até a morte. Pelo menos três homens teriam sido mortos ali, na Auschwitz de 2017.

“Em nosso país não existem gays”

O presidente checheno Ramzan Kadyrov ao ser indagado sobre o fato, negando-o, acabou por confirmá-lo através da sua declaração homofóbica: “Em nosso país não existem gays. E se houvesse tais pessoas – continuou, referindo-se aos homossexuais – a polícia não precisaria fazer nada com eles, porque seus familiares os mandariam para um lugar do qual não há retorno”.

Igualmente preocupante foram as palavras de um dos membros daquilo que deveria ser o Conselho para os Direitos Humanos na Chechênia, Kheda Saratova: “Em nossa sociedade chechena, qualquer um que respeite as nossas tradições e a nossa cultura faria caça a este tipo de pessoa sem a necessidade da ajuda das autoridades, e fariam de tudo, para que essas pessoas não existam na nossa sociedade “, disse ele durante uma transmissão de rádio.

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Revolta internacional

A investigação das jornalistas fora publicada no início do mês mas somente agora está dando o que falar. Ao início, disseram os representantes sociais dos direitos humanos, foi necessário verificar a veracidade dos fatos dado o absurdo deles e a comum divulgação de notícias falsas.

Mas agora estão todos perplexos pois realmente trata-se do primeiro campo de concentração para homossexuais desde a queda de Hitler. ILGA, a mais importante associação lésbica, gay, transexual europeia, as redes GBLT russa e norte-americana contataram as autoridades para denunciarem os evidentes crimes contra a humanidade.

As associações para os direitos humanos e as comunidades LBLT dos EUA e Itália aproveitaram que nestes dias, respectivamente o Secretário de Estado Rex Tillerson e o presidente Sergio Mattarella, estão em visita oficial à Rússia para pedir às autoridades uma pressão diplomática sobre Vladimir Putin para que uma investigação seja iniciada, para que as autoridades de Grozny sejam responsabilizadas pelos desaparecimentos e perseguições aos chechenos gays.

Clique aqui para assinar a petição da Avaaz.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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