Prefeitura de Franco da Rocha convida a população para casamento gay. Festa do amor e da diversidade


Toda forma de amor vale a pena! Até mesmo porque existem várias formas de amar.

A história de amor entre Erica (54 anos) e Jorge (49 anos) é um testemunho de que o amor é diverso. E ainda bem! Ambos, que são catadores de recicláveis em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, estão juntos há 16 anos.

Para celebrar o amor dos dois, a prefeitura da cidade convidou toda a população para participar da celebração do casamento do casal. Acontece que a celebração não seria somente para festejar o amor, mas também para enaltecer a diversidade.

Isso porque Erica é travesti e o Instituto Nice, que oferece a travestis transexuais apoio psicológico e qualificação profissional, organizou o evento em parceria com a prefeitura.

O casamento aconteceu no dia 22 de julho durante a Segunda Parada LGBTQ de Franco da Rocha, chamando a atenção de milhares de pessoas. Além de poderem assistir ao vivo o casamento, a prefeitura postou vídeos em tempo real nas redes sociais para quem quisesse acompanhar a festividade, conforme divulgado pelo Folha Pe.

Quem conseguiu acompanhar todos os detalhes do casamento viu Erica em um vestido de renda branco, véu, coroa segurando um buquê. Já Jorge vestia um terno alinhado. Um carro luxuoso levou Erica ao altar onde diria “sim” a Jorge.

A representante do Instituto Nice Valéria Rodrigues conta que o casal se conheceu há 22 anos quando o carrinho de Jorge tombou e Erica o ajudou. Em gratidão, ele a convidou para tomar um vinho. A relação foi ficando cada vez mais forte e, seis anos depois, eles decidiram morar juntos.

Valeria relata, ainda, que eles moram numa casa muito velha herdada por Erica. Por isso, a rede de apoio que os ajudou a oficializar a união ainda segue. Agora o grupo vai focar em uma reforma para a casa e, para isso, precisa de doações.

Erica está com a saúde fragilizada devido ao grande esforço que faz carregando cerca de 400 kg de papelão no carrinho, diariamente. Ela quer deixar a casa para Jorge porque teme morrer e deixá-lo desamparado.

Além do simbolismo do amor para Erica e Jorge com a festa de casamento, essa história tem um outro lado bonito: a cidade ter se voltado para o casal sem qualquer juízo de valor sobre identidade de gênero ou orientação sexual.

Isso significa que a comemoração do casamento foi um ato de amor que contagiou a todos, como deveria sempre ser. Como diz aquela canção de Milton Nascimento: “Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar”.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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