Páscoa: um tempo de descobrir a si mesmo


O que é a Páscoa para os brasileiros – são tantas as culturas que se misturam na nossa terra que é difícil dizer o que é a Páscoa para nós. Mas, as origens da Páscoa – cristãs e judaicas – são as que prevalecem.

O fim da quaresma – a Páscoa e suas tradições

A Páscoa é na verdade, mais uma das festas pagãs que herdamos dos celtas, ou de outros povos.

A Páscoa corresponde, no hemisfério norte do planeta, ao começo da primavera, época de lavrar os campos, de fertilizar a terra, um tempo de honrar Ostara, a deusa da fertilidade.

Na Páscoa cristã a festa é pela ressurreição de Cristo e o domingo, seu ponto alto e mais simbólico. Época de limpeza interna, também, na quaresma se purgam os males, se jejua, por isso se come peixe que é carne branca, supostamente mais limpa, com menos sangue.

Bem, com esse roteiro de Páscoa judaico-cristã me lembro de que, antigamente era a semana toda de festas e rituais, rezas e benzimentos, atos de fé e comer só peixe.

O peixe foi sendo espremido para a sexta-feira, que é santa – talvez por ser alimento mais caro em um país de mar tão abundante, as pessoas vão relegando o peixe. De bacalhau, nem se fale!

Só vai atrás de bacalhau quem ainda mantém as tradições portuguesas de alguma avó que o fazia. Em Portugal, sim, seria bacalhau a semana toda que esta é a melhor época para um peixe português que vem dos frios mares do norte.

De outras origens, no entanto, o cabrito assado, o borrego ensopado, o frango de cabidela – pois é, na Páscoa pagã as comidas eram carnívoras, feitas na fogueira, no meio da praça. Mas esses eram outros tempos, e até as terras eram outras. Hoje, cada vez mais se pede por uma páscoa sem crueldade porque a exploração e a morte animal, não tem nada a ver com a celebração da vida que a Páscoa cristã representa para muitos.

A Páscoa na terra brasilis

Hoje em dia, cá na terra brasilis, a Páscoa está assim, meio que parada – só vai começar lá para a noite de sexta-feira mesmo, um jantar em família, um peixe assado qualquer. Já não se lembram as histórias de outrora, o porquê de se fazer rituais, pagãos ou cristãos.

Na Páscoa, Pessach, dos judeus, foi a saída do Egito, o fim da escravidão, a travessia do deserto do Sinai, do Mar Vermelho, um tempo de se descobrir a si mesmo, na verdade um mergulho interno para tentar, cada um por si, se livrar das amarras, escravidão, do ser.

E, pelo meio dessa história que é da humanidade de alguns lugares, depende de quem conta a história, o que não se pode é perder o sentido de se sentar ao redor do fogo, da panela na trempe da fogueira, ou em redor da mesa, todo mundo junto, as gerações que se possam juntar nesse dia, e conversar uns com os outros.

Manter a tradição verdadeira

Claro, ninguém vai se esquecer de um ovinho de chocolate – símbolo anterior ao cristianismo que representa renascimento e fertilidade – pelo menos, para fazer a alegria dos mais pequenos mas, a importância da Páscoa, seja ela para você uma reflexão de outras eras, um mergulho no seu interior ou a travessia de um deserto só seu. A importância da Páscoa é a de possibilitar uma reunião familiar.

Reflita sobre isso você também, é um convite que eu te faço hoje!

E uma Feliz Páscoa a todos 🙂

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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