Quando iremos dar menos valor ao dinheiro?


Vivemos em uma sociedade construída totalmente em torno do dinheiro, como se essa maneira de viver fosse a única. A vida moderna tornou-se uma sucessão de conquistas de bens de valor, cada vez mais trabalho e estresse.

O que perdemos quando nos esquecemos dos momentos junto à natureza, tranquilos e não dependentes do capitalismo em que vivemos?

O que dizer sobre a possibilidade de que o dinheiro apenas exista dessa forma porque escolhemos acreditar nele e permitimos que ele nos controle tão absolutamente?

E por que compartilhamos, apesar dos medos e máscaras, um desejo urgente e pungente de encontrarmos formas de sermos mais humanos e não tão dependentes do dinheiro?

A jornalista Lucy Purdy, depois de relembrar os momentos bucólicos que viveu em sua infância, que lhe trouxeram paz e tranquilidade, e que não estão associados ao ritmo frenético da vida moderna, comenta como podemos repensar nossa vida moderna em torno do dinheiro, e, de certa forma, voltarmos às nossas experiências junto à natureza para nos trazer maior qualidade na vida.

Lucy Purdy participou de um curso na Schumacher College que tem uma abordagem inovadora sobre esse assunto. Essa abordagem tem ajudado milhares de organizações e indivíduos a compreenderem e a encontrarem soluções para as preocupações ecológicas e sociais mais comuns da vida moderna e que sejam menos dependentes do dinheiro.

Purdy comenta que o autor Robert Macfarlane escreve sobre esta conexão reconfortante com a natureza, em seu livro The Old Ways, descrevendo as “paisagens que carregamos conosco a revelia”. No curso de Economia Wild na Schumacher College, em Devon, as filosofias e práticas de economia baseadas na natureza são apresentadas por Fergus Drennan, e Mark Boyle, autor de The Moneyless Manifesto, que viveu por três anos, sem dinheiro.

Precisamos ver as interações com a natureza como oportunidades para nos ajudar a sermos cidadãos melhores e não consumidores, a confiarmos mais na intuição do que apenas na razão.

Pessoas e organizações estão reagindo ao mundo que está a ponto de colapso ecológico. Muitas respostas culturais agora refletem, ao invés de negarem, o fato de que a nossa vida não pode mais ser vivida alegremente se continuarmos a fingirmos satisfação com “as liberdades mesquinhas do consumismo”, termo usado por George Monbiot.

Apesar da conexão que alguns de nós temos com a natureza, muitas vezes o ritmo frenético em que vivemos, a sufoca. Há algumas coisas que nós simplesmente sabemos, porém acabamos por ignorar. Ter clareza do que acreditamos pode parecer impossível em um mundo onde tantas influências agem sobre nós.

O que podemos aprender é que novas ideias podem começar de forma muito simples, como dar um presente feito por você, dar de comer a quem precisa ou doar algum tempo para a sua comunidade, podem fazer com que estas ações tenham um efeito dominó positivo sobre a sociedade capitalista em que vivemos.

Ao valorizarmos a nós mesmos, à natureza, ao meio ambiente em que vivemos e às gerações futuras, veremos que o dinheiro vale muito menos do que pensamos.

Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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