França adota lei contra as modelos magras demais


O parlamento francês aprovou uma emenda contra a anorexia das modelos na sua revisão do projeto de lei sobre saúde. O texto proíbe que pessoas com índice de massa corporal inferior a 18, trabalhem como modelos, o que significa em média 55 kg para 1,75 m.

De acordo com médicos, o IMC médio para adultos está entre 18,5 e 24,9. Qualquer pessoa que viole a regra será punida com pena de seis meses de prisão e uma multa de 75 mil euros. A França também aprovou uma medida que estabelece que a “apologia à anorexia é crime. O objetivo é atingir estabelecimentos que promovem a perda excessiva de peso. Além disso, os retoques nas fotografias para fins comerciais, ou seja, o milagroso photoshop, deverão ser assinalados e ainda, o uso de máquinas para bronzeamento artificial deverá ser regulamentado e proibido para menores de dezoito anos.

Em ocasião do feito, no último dia 3, o Sindicato Nacional das Agências de Modelos na França (Synam) denunciou a emenda na lei, lamentando a “confusão entre anorexia e perda de peso“.

O sindicato também considerou que a alteração penaliza as agências francesas em relação aos seus concorrentes estrangeiros, observando que 90% das modelos que se apresentam em espetáculos e revistas de moda, não são de nacionalidade francesa.

Em nossa opinião, o sindicato deveria apoiar o exemplo francês que, inclusive, poderia ser seguido por outros países. Talvez somente quem já tenha visto ao vivo e em cores uma pessoa anoréxica, saiba reconhecer a quantidade de modelos com este distúrbio alimentar, protagonizando os mais variados e luxuosos eventos e revistas de moda.

A atitude francesa é muito sensata pois, infelizmente, a França é palco desse problema, sendo um dos países exportador de moda e que tem no currículo a trágica história da modelo Isabelle Caro (foto), que fez campanha contra a anorexia e morreu em 2010 em decorrência do problema. 

Infelizmente a noção de beleza no mundo é muito disturbada. De um lado ossos e de outro músculos (nosso caso) até não se poder mais. Estes são problemas de saúde pública que podem levar à morte e que devem ser enfrentados. Até mesmo a questão do bronzeamento artificial. Por incrível que pareça para nós brasileiros, proibir um menor de 18 anos de se bronzear artificialmente é uma medida sensata num país que sabe que este tipo de bronzeamento, principalmente nas pessoas mais jovens, está altamente relacionado à ocorrência do câncer de pele. 

Leia também: A maioria quer emagrecer, mas tem gente que precisa engordar: anorexia e bulimia

Fonte foto: wikipedia.org




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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