O Tarô é um oráculo que desperta curiosidade e inquietude nas pessoas até nos mais céticos. Até Carl Jung, o criador da psicanálise se rendeu ao fascínio dos arquétipos do Tarô.
O objetivo do tarô é levar quem o consulta ao entendimento de seu estado atual e das tendências do momento que está vivenciando, através de seus símbolos que nada mais são que representações dos arquétipos humanos.
Cada carta com seu significado codifica a linguagem do tarô, para isso é necessário conhecer o sentido de cada arcano e fazer a consulta com mística, concentração, reflexão e intuição.
O tarô pode ser jogado pelo próprio consulente ou por um tarólogo que é uma pessoa que se dedica ao estudo e a prática de consulta à este oráculo.
Através do tarô podemos buscar entendimento de questões que temos dificuldade de lidar e compreender, dessa forma esse oráculo é uma ferramenta terapêutica, para nosso autoconhecimento e melhor compreensão de nossos desafios, pois nos induz à reflexão e tomada de consciência da situação.
Para saber mais sobre esse fascinante oráculo acompanhem os assuntos relativos a esse tema:
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A Origem do Tarô
Há indícios de que a origem do tarô seja bem antiga. É provável que as suas cartas sejam oriundas dos livros sagrados do Antigo Egito. Outras possibilidades é que o tarô tenha suas raízes nas antigas Índia e China e tenha sido trazido para a Europa pelos ciganos.
Os símbolos do tarô na realidade têm influência dos conhecimentos místicos relacionados aos antigos ensinamentos esotéricos dos povos da Antiguidade.
Outra informações que envolvem a história do tarô é que, em meados do século XIII, ele era utilizado como jogo recreativo.
Qual a finalidade do Jogo do Tarô?
Através da leitura das cartas do tarô é possível visualizar tendências positivas ou negativas de uma situação para saber como lidar com a mesma.
Existem momentos difíceis em nossas vidas, que nos sentimos perdidos e indecisos em como nos posicionar diante de uma situação e qual direção tomar.
Em situações que são nebulosas e que precisamos clarear com nosso entendimento, uma possibilidade de conseguir tal clareza é através da reflexão sobre os arquétipos que saem na consulta do tarô.
O tarô é uma forma de orientação quando buscamos respostas sobre nossos dilemas.
Através do tarô podemos conhecer questões mais profundas de nós mesmos, nosso inconsciente, passado, estado atual e tendências futuras, que ajudarão compreender situações mal-resolvidas.
As orientações das cartas do tarô nos ajudam a compreender diferentes esferas de nossa vida.
Os arcanos do Tarô
Arcano significa segredo e mistério. O jogo do tarô é formado por 78 cartas subdivididas em 2 grupos:
- o dos arcanos maiores formado por 22 cartas
- e o dos arcanos menores constituído por 56 cartas
Os 22 Arcanos Maiores do Tarô contêm os s segredos da natureza humana e guardam respostas às inquietudes humanas.
Este grupo de cartas representam, através de seus arquétipos, as diversas fases de vida que passa o ser humano, e a ação do Divino em sua Vida.
Os Arcanos Maiores representam a Jornada Humana.
A carta XXII – O Louco é também é considerada número 0, pois todo fim de Jornada é o início de um novo ciclo.
Cada um dos Arcanos traduz uma mensagem através de seus símbolos.
Os 56 Arcanos Menores, representam os os pormenores da existência.
O grupos de 56 cartas dos arcanos menores se assemelham as do baralho comum, com a adição da figura do cavaleiro.
Têm as cartas numeradas de 1 a 10 e as figuras do Rei, Rainha, Cavaleiro e Valete.
Estas cartas são representadas que por 4 naipes:
- Paus, relativo ao elemento Fogo
- Ouros, correspondente ao elemento Terra
- Espadas, associado ao elemento Ar
- Copas, relacionado ao elemento à Água
Os 4 grupos de naipes correspondem aos 4 caminhos que levam ao aperfeiçoamento.
Significados-chaves de cada uma das 22 cartas dos Arcanos Maiores
I – O Mágico ou O Mago
Habilidade e destreza para lidar com as situações.
II – A Papisa
Estabilidade, estudo, sensibilidade e mistério.
III – A Imperatriz
Realização e domínio
IV – O Imperador
Concretização e autoridade
V – O Papa
Sabedoria e desenvolvimento espiritual
VI – Os Enamorados
Escolha e decisão entre dois ou mais caminhos
VII – O Carro
Sucesso e fluir da existência
VIII – A Justiça
Aplicação da justiça, ordem e o direcionamento da existência
IX – O Eremita
Retiro, solidão e busca espiritual
X – A Roda da Fortuna ou da Vida
Sorte em movimento, as mudanças e os ciclos da vida
XI – A Força
Força, transcendência dos desafios e domínio das situações.
XII – O Dependurado ou O Enforcado
Sacrifício, dificuldades e limitações
XIII – A Morte
Renovação, mudança e transformação
XIV – A Temperança
Equilíbrio, tranquilidade e momento de estabilidade
XV – O Diabo
Energias negativas, influência funestas e tentações
XVI – A Torre
Convicções erradas, colapso, confusão e desequilíbrio
XVII – A Estrela
Proteção, luz, sorte e iluminação
XVIII – A Lua
Falsas ilusões, decepções e abalo emocional
XIX – O Sol
Glória, sucesso, triunfo e força espiritual
XX – O Julgamento
Novo ciclo de vida, revisão e definição das escolhas feitas
XXI – O Mundo
Fertilidade, expansão e novos horizontes
XXII – O Louco
Excentricidade, desapego e originalidade
Vídeo sobre o Tarô explicado por um tarólogo
Neste vídeo, Mônica Nóbrega entrevista João Rafael Torres que é psicoterapeuta sensível, observador da alma humana e um estudioso dos oráculos, especialmente do Tarô.
Jung e o Tarô
Para o psicanalista suiço Carl Gustav Jung, o tarô é uma tradução do inconsciente coletivo.
De acordo com a visão de Jung as respostas sinalizadas pelas cartas do tarô revelam o que está oculto em nosso inconsciente.
Jung em suas investigações chegou à conclusão de que todas as experiências que vivemos ficam registradas em nossa psique.
A maior parte desses registros e impressões fica guardado no inconsciente, representado na forma de imagens e sensações, ao que ele denominou de complexos. Essas representações se expressam em uma linguagem simbólica e afetam nossos comportamentos, emoções e escolhas.
Nossa psique envolve também o inconsciente coletivo, resultado da representação de todas as experiências da humanidade.
Todo resultado dessas experiências geram uma egrégora, que é a soma das energias coletivas, manifestadas na forma de instintos, emoções, crenças e reações.
O conteúdo oriundo dessas manifestações se traduz e se expressa em símbolos ou arquétipos e influencia nosso inconsciente. As cartas do tarô representam alguns desses símbolos.
Durante uma consulta, algumas cartas são escolhidas de forma aleatória, em função de uma pergunta ou pedido de orientação ao tarô.
Esse processo acontece pela conexão entre o inconsciente coletivo e o inconsciente pessoal, originando uma coincidência significativa, capaz resultar em compreensão para a situação.
Jung deu o nome à isso de sincronicidade, traduzida por nossa sabedoria inata, que provém do nosso Self, nosso Ser.
A expressão inconsciente coletivo foi utilizada por Jung para designar o conteúdo residual das experiências humanas, que vão sendo somatizadas e perpetuadas de geração em geração.
Fazem parte do inconsciente coletivo expressões como: o amor materno, o impulso para a competição e o fascínio pelo Divino.
Para Jung, ao se consultar o tarô, tudo se processa como resultado do movimento psíquico, uma forma de diálogo com o inconsciente.
A expressão do inconsciente se dá a partir de símbolos representados pelo arquétipos dos arcanos de cada carta do tarô.
Quando se escolhe, ao acaso, um certo número de cartas de um monte, o consulente dá um meio para o inconsciente se manifestar.
O inconsciente, por sua vez, utiliza da simbologia de cada carta, como um canal de comunicação com a consciência.
No caso de um tarólogo que se aprofunda no conhecimentos desses símbolos, cabe a decodificação e organização das informações, envolvendo concentração, análise, interpretação e intuição, para fornecer as devidas orientações do tarô ao consulente.
Em suma, o tarô dá indicação do que o consulente precisa saber e não o que ele quer saber.
O que envolve a consulta do Tarô
Existem vários métodos de tiragem das cartas do tarô, umas mais simples e outras mais complexas.
Estes métodos dão um novo conteúdo para explicá-los mais detalhadamente.
Seja o método que for, o importante é que o símbolo de cada arcano contribui para que o consulente reflita sobre seus padrões emocionais, resistências e problemas vivenciados no momento. Enfim, o tarô convida à reflexão e a autoanálise para a revisão das escolhas e seus respectivos resultados.
O tarô é um instrumento para o desenvolvimento pessoal, através do qual confiamos na Guiança Espiritual: representada por nosso Self, Espírito e Deus.
Esse oráculo apenas sinaliza caminhos, mas o que irá determinar o rumo das circunstâncias é a nossa vontade e nossas decisões, inclusive de seguir as orientações do tarô ou não.
Nossas escolhas determinam o curso de nossas vidas, o tarô só nos ajuda a enxergá-las.
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