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Embora exista uma lei federal relativa à defesa aos animais, que é a lei 9605/98, ainda faltam ações por parte dos governos e políticos, para que melhorem a situação dos animais, principalmente os de rua ou abandonados.
Essa falta de ação por parte dos órgãos governamentais e administração pública tem contribuído para que ONGs, abrigos e protetores fiquem sobrecarregados com superlotação de animais, além de endividados.
Outra consequência dessa situação é que até um cidadão, quando encontra um animal em risco, tem dificuldade de socorrê-lo pois, comumente, não há um órgão público governamental onde o cidadão possa recorrer nesses casos, demandando ações que levam tempo, causam demora para socorrer o animal, principalmente quando a pessoa não tem dinheiro para prestar socorro.
Infelizmente, a falta de consciência, educação e recursos das pessoas, agrava ainda mais o quadro de abandono e descarte de animais com crias, filhotes sem a mãe, animais problemáticos, idosos, doentes ou acidentados.
Os abandonos e descartes acontecem em parques, praças, estradas, ruas, casas vazias, obras de construção, terrenos baldios, portas de pet shops, ONGs, hospitais veterinários, entre outros.
O problema fica mais difícil de resolver quando o animal é abandonado em uma propriedade particular desabitada. Por se sentir ameaçado, o animal se mostra arisco e feroz, dificultando seu socorro.
Não existe um órgão público que cuide de resgates nesses casos, e nem um centro público de amparo para encaminhar o animal.
De acordo com uma amostra e levantamento realizado em 2016 pela Veja-São Paulo, em 10 das principais instituições de Proteção Animal da capital paulista, pelo menos 500 pets são resgatados das ruas por mês, uma média de 16 por dia, ou cerca de 6 000 por ano. E isso foi só uma estatística isolada, uma amostragem para se ter uma ideia da situação.
Não existem estatísticas oficiais e exatas da população de animais desamparados e abandonados, tamanho é esse problema no Brasil.
A maioria desses animais teve uma casa e foi abandonada pelos tutores, e em grande parte estão vivendo à deriva nas ruas, passando fome, sede, frio, calor e enfrentando maus-tratos e acidentes.
Entre os motivos que levam ao abandono, a ativista Luisa Mell revelou o que já ouviu por parte de pessoas que não quiseram mais os animais “os motivos mais absurdos, tipo ‘fiquei grávida’ ou ‘comecei a namorar e minha parceira tem medo.”
“Nunca me esqueci de quando fui procurada por uma mulher que ia se mudar de casa e queria deixar comigo seu cachorro de 10 anos. Como pode jogar fora um companheiro de uma década?”
Vanice Orlandi, presidente da União Internacional Protetora dos Animais, deu outros exemplos sobre a problemática do abandono, contando o seguinte:
“Às vezes, as pessoas compram os pets com pedigree por impulso ou para estar na moda.
Aí, por causa de algum desvio de comportamento, gestação, doença ou idade avançada, elas os deixam de lado.”
Rita de Cássia Maria Garcia, pesquisadora do abandono de animais e veterinária docente da Universidade Federal do Paraná, disse o que pensa sobre o problema:
“O tema é mais complexo do que se pode imaginar e envolve a sensibilidade das pessoas. Os animais abandonados fazem parte, de alguma maneira, da parcela excluída da sociedade. Em um universo que se acostumou com a presença de crianças nas ruas, como avançar na questão dos bichos?”
Um das ações mais utilizadas por parte de Grupos de Proteção Animal para reduzir essa problemática é a castração, a fim de evitar a reprodução descontrolada e mais animais nas ruas.
Protetores independentes, ONGs e o CCZ promovem mutirões e campanhas de castrações. Porém, enquanto houver falta de conscientização, abandono de animais e isenção do governo de criar hospitais públicos, centros de resgate e amparo de animais; as castrações não serão suficientes para solucionar o problema, mesmo porque, realizar cirurgias em animais sem um responsável definido e um local para abrigá-lo, coloca a vida do animal de rua em risco, devido aos cuidados pós-cirúrgicos.
A educação sobre posse responsável é fundamental para mudar essa situação, é necessário conscientizar que ao se adotar um animal se está responsabilizando por uma vida senciente, que sente e tem necessidades como nós.
Outra medida necessária é criar leis e mecanismos que facilitem um cidadão, voluntários da Proteção Animal e órgãos públicos de socorrer animais em situação de risco, principalmente em propriedades particulares e uma jurisdição que coíba o abandono, através de multas e sentenças judiciais.
No Brasil inteiro, são voluntários e ONGs que socorrem animais vítimas de maus-tratos e abandono, em boa parte dos casos, sem o apoio governamental, sendo que prefeituras e governos deveriam ajudar a cuidar do problema dos animais abandonados, já que a Constituição Federal declara que é dever da União, Estados e Municípios preservar a Vida Animal.
Em suma, esta realidade precisa mudar e para isso são necessárias as seguintes medidas por parte das Instituições Governamentais:
Que as autoridades governamentais se sensibilizem com a situação dos animais de rua e viabilizem ações para mudar essa triste realidade, melhorando a vida dos animais que sofrem em silêncio o abandono e suas consequências.
Compartilhe e divulgue estas propostas facilitando que cheguem ao conhecimento dos nossos representantes políticos, para que estes possam instituir e viabilizar essas ações em prol dos animais abandonados.
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Categorias: Gato e Cachorro
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