Mais árvores para o conforto e a saúde humana


A degradação do meio ambiente não é só um tema muito em voga hoje em dia pelas questões de falta de água e mudanças climáticas, mas também porque o verde pode nos proporcionar confortos que o consumo desenfreado de hoje não é capaz. Prova disso é a pesquisa realizada pela pós-graduada em Recursos Florestais, Léa Yamaguchi, ao determinar as influências da arborização urbana no bem-estar físico e psicológico nas pessoas.

Formada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) Léa quis demonstrar em seu estudo a interferência e os efeitos da presença de árvores nas regiões mais urbanas no sentimento de conforto e na saúde humana.

A pesquisa foi realizada na cidade de Campinas, em São Paulo, e se prestou a avaliar o conforto térmico e o bem-estar dos usuários de quatro áreas com características distintas em relação à tipologia das edificações, à cobertura arbórea, à população residente e outras características físico-espaciais: o Centro, o Cambuí, o Jardim das Paineiras e a Comunidade Vila Brandina.

Foram feitas entrevistas com os moradores dessas regiões, que tiveram de responder dois tipos de questionários. O primeiro analisando a sensação térmica, e o segundo, analisou à percepção de cada um.

Um aspecto que contribuiu com o projeto foi a utilização de dois índices de avaliação de conforto térmico (PMV Predicted Mean Vote e PET- Physiological Equivalent Temperature) obtidos por meio do modelo Ray Man Pro.

Nas entrevistas foi possível identificar se os resultados tirados por meio dos índices PMV e PET batiam com a real sensação de conforto térmico descrita pelos participantes. O bairro Jardim das Paineiras, que possui maior quantidade de cobertura arbórea, apresentou temperatura ambiente mais baixa e umidade relativa mais alta que as demais. 

“O que esta pesquisa conseguiu comprovar foi a estreita relação entre aumento de quantidade de cobertura arbórea e redução da temperatura do ar, além de maior sensação de bem-estar em áreas providas de vegetação”, finaliza Léa.

Fato é que a humanidade modifica o espaço em que vive para se adequar aos seus “padrões” de sociedade, sem perceber o impacto negativo que traz para o meio ambiente e para si próprio, pois a redução de áreas verdes nas áreas urbanas é hoje, um dos principais fatores prejudiciais à qualidade de vida das pessoas.

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Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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