Dá pra fazer festa de Halloween sendo católico?


Todo ano, no fim de outubro, a mesma dúvida volta a aparecer entre católicos: posso participar de festas de Halloween? Afinal, trata-se apenas de uma brincadeira com fantasias e doces, ou há algo mais sombrio por trás dessa data?

A resposta não é tão simples, mas não precisa ser assustadora.

Origem e significado cultural

O Halloween, tal como conhecemos hoje, é uma mistura de tradições antigas. Ele tem raízes no Samhain, festival celta que marcava o fim das colheitas e a chegada do inverno. Séculos depois, a Igreja Católica instituiu o Dia de Todos os Santos (1º de novembro) e o Dia de Finados (2 de novembro), e a véspera desses dias passou a ser chamada All Hallows’ Eve — de onde vem o nome Halloween.

Com o tempo, a data se tornou mais folclórica do que religiosa, especialmente em países como os Estados Unidos, onde ganhou o formato atual: fantasias, brincadeiras, doces e festas.

O problema está na intenção

Para um católico, o ponto principal não está na data em si, mas na intenção e no modo como se celebra. Não há nada de errado em participar de uma festa com amigos, usar fantasia, distribuir doces ou se divertir, desde que isso não envolva práticas que contrariem a fé ou glorifiquem o mal.

Por exemplo, fantasias de monstros, fantasmas ou de espíritos obsessores certamente não têm uma boa energia nem uma boa representação.

Em outras palavras, o que conta é o sentido e a simbolização que você dá à celebração. A festa pode ser apenas uma brincadeira temática, uma oportunidade de confraternizar, se fantasiar e se proteger de medos simbólicos, talvez até combatendo o ocultismo ou as chamadas “energias escuras”.

Para muitos, o intuito das fantasias é justamente esse: espantar o mal. Para outros, porém, fantasias monstruosas podem ser vistas como formas de abrir portas para o limbo, onde estariam as almas perdidas ou condenadas.

Um olhar cristão sobre o medo

O cristianismo nunca ignorou o mal ou o sofrimento humano, mas os olha de frente à luz da fé. Por isso, brincar com o “medo” em um contexto lúdico não é o mesmo que invocar o mal. Fantasiar-se de bruxa, zumbi ou fantasma pode ser só um modo simbólico de dizer: não tenho medo, porque acredito no bem.

A fé católica afirma que a luz é mais forte que qualquer sombra. Assim, se o coração está voltado para o bem, não há festa que possa afastar alguém de Deus.

Halloween com sentido positivo

Então, sim: dá pra fazer uma festa de Halloween sendo católico. Basta dar a ela um sentido leve, criativo e saudável:

  • Escolher fantasias engraçadas ou simbólicas (super-heróis, personagens literários, figuras históricas, mártires e santos, afinal, na verdade a festa tem essa origem).
  • Evitar elementos que glorifiquem o mal ou que gerem medo excessivo em crianças.
  • Usar o momento para refletir sobre o bem e o mal, a vida e a morte: temas que, aliás, são profundamente cristãos.
  • Valorizar o encontro, a amizade e a alegria de estar junto.

Uma festa só ganha “energias ruins” quando é esvaziada de sentido e de cuidado. Com equilíbrio e discernimento, é possível celebrar o Halloween sem medo e sem contradição com a fé.

Afinal, o cristão não teme a sombra: ele caminha com luz.

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Redação greenMe

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