Canudo biodegradável e comestível, feito de mandioca por estudantes brasileiros, é ouro nas Olimpíadas do Futuro


Taí um bom exemplo de como o global pode interferir no local e vice-versa. De olho nos desafios ambientais que vem mobilizando o mundo, mas sem perder de vista as potencialidades da nossa terra, estudantes do Serviço Social da Indústria (SESI) de Mossoró, Rio Grande do Norte, acabam de ver sua criação reconhecida: um canudo biodegradável e comestível, produzido a partir da mandioca e da cera de carnaúba.

O canudo foi batizado de Biotinga, porque feito de plantas nativas da caatinga.

O feito rendeu a eles a medalha de ouro na Sapientia – Olimpíada do Futuro, que propõe desafios baseados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e visa impactar e engajar as novas gerações na busca por soluções para o planeta.

Criada em março de 2019, a Olimpíada do Futuro teve mais de 4 mil projetos inscritos, de estudantes de 24 estados brasileiros, de dois segmentos: o ensino Fundamental II e o ensino Médio. Não-estudantes também puderam participar.

Aproveitando o melhor da relação entre local e global, os jovens de Mossoró buscaram uma solução nas plantas típicas da caatinga, bioma muito presente na região onde vivem. Ao mesmo tempo, demonstrando a capacidade do conhecimento de romper fronteiras, eles dizem se inspirar no filósofo e historiador israelense Yuval Noah Harari, que roda o mundo e, com suas ideias, conquista gente tipo Barack Obama, Bill Gates e Mark Zuckerberg.

No Brasil para divulgar seu último livro, Harari concedeu uma entrevista ao Fantástico recentemente, em que falou do papel central da escola na preparação de indivíduos para um futuro em que o domínio da tecnologia se fará ainda mais presente, tornando imprescindível um outro tipo de formação para os alunos, mais desafiadora e voltada para a solução de problemas.

“Precisamos formar uma geração que se sinta confortável em não ter respostas definitivas para tudo”, defendeu Harari.

Os outros projetos participantes de 2019 podem ser consultados AQUI.

E, como criatividade é coisa que nossos jovens esbanjam, as inscrições para 2020 já estão abertas. Compartilhem!

Talvez te interesse ler também:

TROCAR LIXO POR COMIDA. A MOEDA VERDE QUE FUNCIONA EM SANTO ANDRÉ, SP

O LÁTEX ORGÂNICO PRODUZIDO COM TÉCNICA INDÍGENA QUE GERA RENDA À FAMÍLIAS DO PARÁ

100% FAVELA: A IMPRESSORA FEITA DE SUCATA QUE IMPRIME OBJETOS TRIDIMENSIONAIS




Gisele Maia

Jornalista e mestre em Ciência da Religião. Tem 18 anos de experiência em produção de conteúdo multimídia. Coordenou diversos projetos de Educação, Meio Ambiente e Divulgação Científica.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...