Empresários brasileiros lançam propostas para economia de baixo carbono


Foi lançado nesta quarta-feira, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Criada por representantes de associações empresariais e organizações da sociedade, a coalizão tem como objetivo propor novas maneiras de contribuir para a concepção de uma nova economia de baixo carbono, mas sem deixar de ser competitiva, sendo responsável e inclusiva, com alinhamento entre as agendas de proteção ambiental e na sustentabilidade.

“Pretendemos promover e propor políticas públicas, ações e mecanismos financeiros e econômicos para o estímulo à agricultura competitiva e de baixo carbono, pecuária e economia florestal que impulsionem o Brasil como protagonista na liderança global da economia sustentável”, diz o documento divulgado pelo grupo.

O documento será utilizado na 21ª Conferência do Clima ainda este ano em Paris, França, e fará parte das propostas do Brasil na conferência.

A coalizão também visa garantir o que está escrito na legislação e recuperar todas as áreas de preservação permanente e reservas legais, além de desenvolver plantios florestais econômicos em regiões degradadas.

A presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, afirmou que o Brasil, como um dos protagonistas do debate sobre preservação ambiental, possui tecnologia de redução de gás carbono e é fundamental que mostre isso para o mundo. “Aqui se abre um processo para ir além de 2015”, finaliza.

Já o secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, preferiu focar no aspecto climático. Lembrando um estudo elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina entre os anos de 1991 e 2012, apontando que mais de 127 milhões de brasileiros foram afetados por desastres naturais, tendo registros de até oito municípios por dia decretarem estado de calamidade pública.

“Entre janeiro deste ano e 12 de junho tivemos 2.054 cidades que entraram em estado de calamidade pública ou emergência no país. De certa forma, o que estamos fazendo é unir diferentes em torno de uma mesa para pensar em como Brasil pode enfrentar este desafio para transformar nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas”, disse Rittl.

E o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, enfatizou a importância de unificar o tema da sustentabilidade nas negociações internacionais de comércio: “Não dá para fazer essas discussões separadas. Precisamos do apoio de todos para conseguir conciliar as duas coisas”. “O caminho para uma sociedade de baixo carbono vai exigir esforços setoriais e individuais muito grandes. A coalizão é uma plataforma para facilitar essas discussões”, finalizou Junqueira.

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Redação greenMe

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