Piracicaba-SP quer combater a dengue com “Aedes do Bem”


O estado de São Paulo está em alerta por conta da crise de dengue. Para se ter uma ideia, na capital paulista onde não é comum casos de mortes causadas pela dengue, já teve dois óbitos em 2015 por conta desta doença. Se está assim em São Paulo, pior ainda no interior, região em que o mosquito Aedes aegypti costuma se produzir com maior intensidade.

Este cenário causou uma reação diferente por parte da Prefeitura de Piracicaba, que criou um projeto piloto para combater a dengue, que consiste em lançar no meio ambiente uma “versão” do mosquito geneticamente modificado, que não pica e nem transmite a dengue, o “Aedes do Bem“, como foram apelidados. Mas este projeto está ameaçado pelo Ministério Público (MP) que solicitou a suspensão do programa e instaurou um inquérito para apurar maiores detalhes sobre o projeto piloto da prefeitura, que já declarou, por meio da Secretária de Saúde, que irá cumprir a determinação do MP.

Segundo a Promotoria, a biotecnologia utilizada não possui ainda regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O inquérito foi aberto na última sexta-feira, dia 13, respondendo uma representação do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), proibindo a liberação do mosquito e a abertura de investigação sobre a eficiência da tecnologia e do método empregado.

A representação também teve motivação vinda do exemplo na cidade de Jacobina, no estado da Bahia, e em outros locais no qual a mesma tecnologia “não surtiu o efeito esperado”, como relatou a presidente do Comdema, Sônia Cristina Ramos.

A liberação do Aedes do Bem estava prevista apenas para abril no bairro do Cecap, onde há maior incidência de casos da doença em Piracicaba. No último balanço foram registrados 110 casos. A Prefeitura de Piracicaba falou, através de sua assessoria de imprensa, sobre o projeto seus possíveis riscos ao meio ambiente e à saúde humana:

“A avaliação dos riscos ao meio ambiente e à saúde humana foi feita pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o órgão colegiado responsável pela aprovação e regulação de organismos geneticamente modificados no Brasil. A CTNBio aprovou a liberação comercial do mosquito geneticamente modificado Aedes aegypti OX513A desenvolvido pela Oxitec”.

Em nossa humilde opinião, o Ministério Público está certíssimo em querer resguardar a população de um possível risco ambiental e de saúde pública, visto que manipular geneticamente mosquitos transmissores de doenças não é digamos, uma brincadeira. É muito sério!

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Redação greenMe

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