Renas: estão desaparecendo na China por causa da mudança climática


Renas em perigo. Se neste Natal que acabou de passar, contamos às crianças a história do Papai Noel e seus amigos de quatro patas que voam de um lado para o outro do mundo; nos próximos anos, essa história pode acabar. O fato é que as renas estão seriamente em risco. E a culpa é, mais uma vez, da mudança climática.

Os poderosos animais, amigos eternos do Papai Noel, têm de lidar com uma ameaça muito real. Um novo estudo na China descobriu que o aumento global das temperaturas está reduzindo populações inteiras de renas.

O desaparecimento desta espécie é um problema significativo. Além do prejuízo à biodiversidade, a presença das renas com seus hábitos de pastagem ajuda a manter o clima da Terra em equilíbrio.

Um estudo publicado este mês no Journal for Nature Conservation, mostrou uma queda acentuada de 25% dessas criaturas na China, em comparação com os números de 1970.

Ali as populações de renas caíram mais de um quarto nos últimos 40 anos, mais ou menos. A área do Mount Daxinganling é o principal habitat para as renas na China. Esta região vem lutando contra a mudança climática que causou a degradação do solo e elevou suas temperaturas.

Como se não bastasse, à isso, somaram-se os problemas da caça ilegal (os chifres são usados na medicina tradicional chinesa) e dos acidentes automotivos envolvendo esses animais. Contra este último caso, chegou-se a pensar em colorir com uma substância fluorescente os chifres das renas para sinalizar a sua presença aos motoristas da Lapônia.

Embora o estudo se concentre exclusivamente na rena chinesa, em outros lugares sua situação não é das melhores. Populações estão ameaçadas de extinção no Alasca, na Rússia e no Canadá. Um relatório feito em 2013 pela National Oceanic and Atmospheric Administration descobriu que grandes manadas desses países experimentaram uma queda acentuada em suas populações. A maior delas, localizada na Península de Taymyr, Rússia, diminuiu em cerca de um milhão de renas em 2000, para 700.000 exemplares em 2013.

Por quanto tempo ainda serão capazes de resistir?

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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