600 animais morrem em centro de tratamento do Ibama por falta de funcionários


É preciso muita refloresta para evitar as mortes de animais silvestres no Brasil. Nos últimos quatro meses, 600 animais morreram no centro de tratamento do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de Seropédica, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Quem cuida do local é uma empresa terceirizada que deixou de prestar o serviço em 2020. O espaço também contava com um contrato de emergência, que também não foi cumprido, provocando a morte dos animais. Os que sobreviveram vivem sob maus tratos, sem alimentação e na sujeira, como informou o G1.

O centro de tratamento de Seropédica é um dos mais importantes do Brasil, o que sinaliza para casos semelhantes estarem ocorrendo no país. Lá vivem 1,2 mil animais sob a responsabilidade do Ibama, que cuida de espécies que sofreram maus tratos devido ao tráfico de animais silvestres.

A reportagem do G1 mostrou que os animais que conseguem se recuperar são reinseridos à natureza. Já os que estão feridos precisam permanecer no centro, que, atualmente, conta apenas com quatro funcionários.

Antes da suspensão do contrato, 10 tratadores faziam a limpeza do local e alimentavam os animais. Funcionários revelaram, de forma anônima, que após a suspensão do contrato os animais chegaram a ficar sem tratadores por 50 dias. Uma denúncia, também anônima, chegou até a Polícia Federal, que realizou uma perícia no centro de triagem.

O Ibama informou que será feita uma apuração das denúncias por equipes da Corregedoria, da Secretaria de Biodiversidade e da Diretoria do instituto.

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Fonte foto: Na Midia RJ – Youtube 




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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