Próxima pandemia pode ter origem nos camelos, dizem especialistas


Pesquisadores estão monitorando os camelos do Quênia, com o intuito de evitar que uma nova pandemia aconteça.

Trata-se da Mers, uma doença mais perigosa que a Covid-19, causada por outro tipo de coronavírus e que é originária desses animais.

A Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) foi descoberta na Arábia Saudita em 2012. Naquele ano, ocorreu um surto em um hospital, acendendo o alerta de que o vírus pode contaminar qualquer pessoa, não apenas os criadores de camelos.

Mudança climática e vírus

O número de camelos naquela região vem aumentando à medida que as condições climáticas pioram. Isso porque esses animais são mais resistentes e sobrevivem mais tempo sem água, diferente das vacas e ovelhas.

Com isso, surgiu a preocupação dos cientistas, pois o aumento na quantidade de camelos favorece a propagação da doença em humanos.

Em 2019, pesquisadores de Marsabit, Quênia, identificaram 14 camelos contaminados com a Mers. Desde então, testes em humanos foram feitos para certificar de que esses não foram contaminados.

Um estudo mostrou que os cuidadores de camelos são mais vulneráveis à doença, pois alguns testaram positivo para os seus anticorpos. Além deles, os próprios camelos também estão sendo submetidos aos testes… Uma tarefa nada fácil para os pesquisadores.

Até o momento, não houve contaminação de Mers em humanos na região de Marsabit, mas a preocupação é grande. Isso porque essa doença causa complicações no sistema respiratório, assim como a Covid-19, podendo causar até pneumonia.

Os sintomas da Mers são: congestão nasal, tosse, dores no peito ou dificuldade de respirar. Nos casos mais graves, a doença pode causar fibrose, cicatrizes irreversíveis nos pulmões e até a morte.

Apesar da pesquisa estar sendo realizada fortemente em Marsabit, outras regiões fora do Quênia também estão em risco. É o exemplo do deserto de Gobi, na China e da Mongólia, onde os camelos estão em maior contato com humanos e rebanhos.

Assim como a Covid-19, a Mers é transmitida de animais para humanos e o surto cresce rapidamente. Na Arábia Saudita, o número de pessoas infectadas de dezembro de 2019 para janeiro de 2020 chegou a 15 pessoas em um mês.

A tendência é a de que esse número aumente ainda mais, devido às condições adversas do clima. Como foi dito anteriormente, os pastores estão preferindo os camelos aos outros rebanhos, pelo fato de serem mais robustos e precisarem de menos água.

Contudo, os cientistas estão trabalhando para evitar uma nova pandemia, mas é necessário que todos colaborem com medidas preventivas, para evitar que o pior aconteça.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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Este artigo possui 2 comentários

  1. Maria Salomé Silva
    Publicado em 17/02/2021 às 7:24 pm [+]

    É inevitável que tudo isso aconteça! Estamos a caminho do Apocalipse!


  2. Daia Florios
    Publicado em 17/02/2021 às 7:31 pm [+]

    Infelizmente 🙁


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