A dura vida dos elefantes: do circo aos experimentos científicos


Na cidade de Polk City, Flórida, elefantes antes “artistas” explorados no circo, recebem boa comida e bons tratamentos longe do público e perto de seringas usadas em nome da ciência e da conservação da espécie.

Uma empresa que, sob pressão de ativistas dos direitos dos animais, não conseguindo mais explorar os elefantes em seus espectáculos, resolveu abrir um centro de conservação desta espécie, alegando salvá-los da extinção através da reprodução e da pesquisa médica.

Elefantes são animais com baixa incidência de câncer e, este fato, imaginem, intriga a ciência na busca por solucionar a doença em humanos.

Mas nada justifica trocar 6 por meia dúzia no que diz respeito ao bem-estar animal.

Conforme declarou Rachel Mathews do PETA para a agência de notícias Reuters, tirar os animais do mundo do espetáculo é uma boa notícia mas o centro de conservação não é um verdadeiro santuário onde os elefantes podem simplesmente ser elefantes e sim, uma máscara usada para um outro tipo de exploração, a científica.

Sempre sob os maus tratos

Ao que foi noticiado, os elefantes apesar de receberem boa alimentação, passeios e banhos, passam o dia livres mas a noite têm as patas acorrentadas para dormirem nos celeiros. Além disso, os elefantes continuam aprendendo a receber os comandos que ajudam os membros da esquipe do centro a “cuidarem” deles, ou seja, a cortar as unhas, escovar os pelos mas também a lhes retirar sangue para os experimentos médicos “em nome” da conservação e da saúde da própria espécie.

Especificamente fala-se da busca por soluções de combate à herpes (vírus que mata filhotes de elefante na América do Norte) e por reprodução através da inseminação artificial, além da pesquisa sobre a cura do câncer no homem.

Pesos e medidas

Por um lado, Kenneth Feld, dono do circo Feld Entertainment, alega que seu trabalho de tirar os animais da vida no circo, além de preservar a espécie e ajudar na pesquisa contra o câncer, tem um custo alto, o qual poderia ser abatido abrindo o centro para a visitação.

Por outro lado, defensores dos direitos dos animais enxergam a situação bem clara: do circo, ao zoo para os testes em animais, é realmente um passo.

Não é fácil a vida do elefante!

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Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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