Misteriosa e grande mortandade de antílopes saiga


Nas últimas duas semanas mais de 120 mil antílopes saiga, do Cazaquistão, morreram por causas não determinadas.

Em tempos remotos, esse antílope pequeno habitava as vastas estepes da Eurásia, o sopé dos Cárpatos, algumas regiões do Cáucaso, da Dzungaria e da Mongólia. Também viveram na região da Beríngia, entre a Ásia e a América do Norte. Atualmente, só existem no Casaquistão e em algumas estepes russas. É considerada uma espécie em risco de extinção.

O Cazaquistão abriga 90% da população total de antílopes saiga do mundo, sendo estimada por levantamentos áereos e contagem, uma população de 250.000 antílopes saiga em suas estepes.

Uma missão internacional de especialistas foi enviada ao Cazaquistão pelo Secretariado da Convenção de Bona (CMS), para ajudar na determinação das causas desta mortandade abrupta e tão extensa. Por estes foi determinada a presença nos corpos de dois patógenos oportunistas, Pasteurella e Clostridia, que podem ter contribuído para a mortandade. Porém, a causa fundamental das mortes de rebanhos inteiros ainda continua desconhecida já que estas bactérias só afetariam de forma letal aos animais com sistema imunológicodeprimido.

A perspectiva dos peritos é de que a causa das mortes possa estar vinculada ao aumento da quantidade de chuvas ocorridas na primavera deste ano, combinada com alterações na vegetação de que se utilizam os antílopes para sua alimentação, podendo também ser devido à ocorrência de um grupo de novos vírus.

O Cazaquistão tem observado e aplicado as condições do Memorando de Acordo sobre a Conservação, Restauração e Uso Sustentável do Antílope Saiga (Saiga MOU) da CMS, paralelamente com o estabelecimento de novas áreas protegidas e patrulhas anti-caça furtiva.

O antílope saiga é objeto de caçadores para o consumo, principalmente, de seus chifres, usados como medicamento na medicina oriental.

Um ponto positivo, no meio desta nebulosa de extinção, é que vários dos animais de controle, que portam coleiras localizadoras, continuam vivos em rebanhos que não foram afetados.

Os eventos de mortandade em massa entre os antílopes saiga não é incomum porém, neste caso, a quantidade é muito maior do que o anteriormente ocorrido, por exemplo, em 2010, quando morreram 12 mil indivíduos.

Estes eventos costumam acontecer quando muitas fêmeas se reúnem para parirem em um período muito curto, de menos de uma semana. Porém, como a espécie muitas vezes tem filhotes gêmeos, a recuperação das populações costuma ser rápida.

Mas, uma pergunta fica no ar: as alterações que causaram tão grande mortandade não seriam devidas às mudanças climáticas? Pensamos que sim.

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Fonte foto: wikipedia.org




Redação greenMe

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