Óleo que atingiu as praias do Nordeste chega ao Rio de Janeiro


O mistério do vazamento de óleo, que teve início no final de agosto desse ano nas praias da Paraíba no litoral do Nordeste, continua sem definição de sua causa! Além de não se saber a origem desse vazamento, o óleo está se espalhando pelo litoral brasileiro.

As manchas de óleo apareceram na Região Nordeste no início de novembro e alcançaram a região sudeste, primeiro o litoral do Espírito Santo e recentemente na parte norte do litoral fluminense no estado do Rio de Janeiro. O vazamento já alcançou mais de 2.000 km da costa brasileira.  

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) lançou um comunicado alertando que no último dia 22 foram detectadas 300 gramas de óleo na praia de Grussaí, em São João da Barra, essa área fica a mais de 300 km ao norte da cidade do Rio de Janeiro. 

“As amostras analisadas são compatíveis com o óleo encontrado na costa nordeste”, confirmou o Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), que comprovou que os fragmentos da substância apresentaram compatibilidade com o óleo encontrado no litoral da região Nordeste e do Espírito Santo.  

Como medida para conter o óleo, um grupo de militares foi enviado à área atingida para monitorá-la e limpá-la.

Segundo último levantamento do IBAMA as manchas de óleo já atingiram 724 localidades do litoral brasileiro. 

Ação da Marinha para conter o óleo

A Marinha coletou mais de 4.500 toneladas de resíduos de petróleo e mais de 5.000 militares se mobilizaram para as operações de limpeza nas praias atingidas.

As causas desse desastre ambiental continuam indefinidas

A origem desse vazamento continua desconhecida, embora as análises de amostras tenham apontado como provável origem a Venezuela.

Existe outra hipótese lançada no início de novembro pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, com base nas investigações realizadas em parceria com a Polícia Federal, que a origem pode ser de um cargueiro grego chamado Bouboulina, embora a Delta Tankers, empresa proprietária do navio negou qualquer responsabilidade sobre o vazamento de óleo. 

O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em contrapartida, detectou que o vazamento de óleo pode ser oriundo de atividades de perfuração de petróleo.

Já o pesquisador da Universidade Federal de Alagoas, Humberto Barbosa, alega a suspeita que o causador desse vazamento possa ser o navio-tanque com bandeira das Ilhas Marshall denominado Voyager 1,  registrado em nome de uma empresa alemã e que presta serviços para uma empresa da Arábia Saudita. 

E o óleo continua se espalhando… 

Em meio à tantas hipóteses e suspeitas não conclusas, o óleo continua se espalhando. É notório que as medidas tomadas pelas autoridades brasileiras não foram suficientes para conter esse desastre ambiental que vem aumentando a proporção de áreas atingidas, contaminando as praias, poluindo as águas do oceano e prejudicando a vida marinha.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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