Hidrelétricas em estudo


A usina hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída na bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do estado do Pará, vem causando muitas polêmicas e debates sobre os seus possíveis (e prováveis) impactos ambientais, mas, se só essa discussão já não bastasse, outras hidrelétricas estão sendo estudadas para construções futuras, e uma das regiões observadas é a dos rios da Bacia do Amazonas. Até agora esses rios se mantiveram afastados da poluição e degradação humana, mas uma hidrelétrica no local poderia pôr tudo a perder.

E calma que a origem do problema não é o governo brasileiro desta vez. Os projetos em questão para novas hidrelétricas pertencem à Colômbia, Peru e Bolívia, que devem construir nos próximos anos, as hidrelétricas Pongo de Manseriche, Pongo de Aguirre, Tam 40, Inambari e Angosto del Bala e Robitas, todas no sopé dos Andes, região dividida entre os três países citados.

Caso elas sejam realmente construídas, a fauna local será comprometida por conta da desconexão dos rios e na redução dos sedimentos que alimentam a Bacia do Amazonas.

Quem garante isso são os pesquisadores de um estudo inédito feito pela Wildlife Conservation Society Brazil (WCS), que mostra que a construção das barragens para geração de energia elétrica irá provocar grandes mudanças na fauna aquática, e as alterações climáticas devem alterar o regime das chuvas, causando mais problemas à região. Para chegar à essa conclusão, foram realizados dois anos de pesquisas, que foram apresentados nessa semana na Conferência Internacional “Águas Amazônicas: Escalas, Conexões e Desafios“, à qual O Globo noticiou.

A pesquisa reúne análises biológicas, climáticas e socioeconômicas, com modelagens que geram informações importantes para governos, organizações e comunidades que atuam com políticas públicas na região, com ênfase para o elevado número de projetos de hidrelétricas para os rios amazônicos, mais de cem, entretanto, o estudo levou em conta um pequeno cenário para chegar as suas conclusões, com apenas seis deles, apontando péssimos resultados para o meio ambiente da Bacia do Amazonas, imagine então se todas as possíveis hidrelétricas tivessem entrado no estudo?

O estudo também aponta as mudanças na vidas das pessoas que moram na região, afinal, com a fauna aquática prejudicada, significaria menos peixes para a população, importante fonte de alimento para mais de 1,5 milhão de moradores locais.

As alterações climáticas também seriam terríveis devido a alteração nos níveis pluviais no leste da Amazônia e o aumento no oeste. Até o ano de 2070, a tendência é de mais secas na região leste, afetando os estados brasileiros do Pará, Amapá, norte do Tocantins e parte do estado do Amazonas.

Fonte foto: nationalgeographic.com




Redação greenMe

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