Lixo orgânico na garupa da bicicleta


Uma pessoa produz, em média, um quilo de lixo por dia, sendo que mais da metade disso é matéria orgânica. Estimulados a dar uma destinação correta aos resíduos orgânicos, um grupo de três universitários criou um sistema de coleta domiciliar nos bairros da zona sul carioca para transformar esses resíduos em adubo através do processo de compostagem.

A iniciativa, nomeada de Ciclo Orgânico, atende atualmente 30 famílias que pagam pelo serviço R$ 60,00 mensalmente. Se dez vizinhos ou mais se juntarem, o valor cai para R$ 51,00.

Os interessados devem fazer um cadastro no site do projeto e, após isso, recebem um balde para depositar o lixo orgânico, que é recolhido semanalmente. A coleta é feita de porta em porta de bicicleta, outra iniciativa do grupo para não poluir o meio ambiente, reduzindo a emissão de CO2.

Há pessoas que preferem fazer a entrega do resíduo orgânico por conta própria no Parque do Martelo, Humaitá, onde estão localizadas as sete composteiras do grupo.

Brindes pelo apoio

No final de cada mês, os clientes recebem um informativo esclarecendo a quantidade de resíduo recolhido, quanto de composto foi gerado e quantas emissões de CO2 foram evitadas. A recompensa pelo empenho é a escolha de adubo, um muda de hortaliça ou a doação do composto para um produtor orgânico.

Idealizador do Ciclo Orgânico, o estudante Lucas Chiabi começou a se interessar pela compostagem na faculdade. Ele, que cursa engenharia ambiental na UFRJ, diz que levava no ônibus o lixo produzido em casa para a universidade. A intenção do projeto é atender 100 famílias até o fim do ano, recolhendo 3 toneladas de material orgânico e gerando 1,2 toneladas de composto.

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Fonte foto: econsciencia




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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