Nível da água no Sistema Cantareira não aumentou, apesar do temporal em São Paulo


A chuva, acompanhada de mais de 2000 raios e de ventos de mais de 95 km/h e derrubou mais de 200 árvores em São Paulo, mas não fez com que o nível da água aumentasse no Sistema Cantareira. O parque do Ibirapuera teve que ser fechado devido à queda de mais de 30 árvores, pela primeira vez em 50 anos, e muitos outros transtornos, como falta de energia elétrica, inclusive com queda de postes de iluminação, e interrupção de uma linha de trem, incomodaram a população da Grande São Paulo nesta segunda-feira (29).

Entretanto, por ter se concentrado em regiões densamente habitadas da capital paulista, como o Ipiranga (29mm de precipitação), Vila Prudente (26mm) e Vila Mariana (25mm), o temporal não colaborou para o aumento dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo e encontram-se em níveis críticos, como o do Sistema Cantareira, que recebeu apenas 1,1mm de precipitação entre domingo e segunda-feira, o que foi suficiente apenas para que o nível do sistema se mantivesse nos mesmos 7,3% registrados ontem. Os 144,6 mm de precipitação no Sistema Cantareira ocorridos neste mês de dezembro estão bem abaixo da média histórica, de 220,9 mm.

Apesar disso, o sistema, que é o maior utilizado para abastecimento da população na Grande São Paulo, esboçou, nos últimos dez dias, a primeira recuperação desde abril, descontados os aumentos artificiais causados pelo uso de duas cotas do volume morto. Na comparação mês-a-mês, o sistema não tem aumento em seu volume desde abril de 2013. A dificuldade na recuperação se deve, além da precipitação abaixo da média histórica, ao efeito esponja causado pela exposição do solo no fundo dos reservatórios. O nível que chegou a baixar a 6,7%, aumentou para 7,4%, depois voltando a cair mais 0,1%.

O governo de São Paulo anunciou que irá aplicar tarifas maiores, a partir do próximo mês, para quem aumentar o consumo de água em comparação com a média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. A “tarifa de contingência” – expressão usada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que negou tratar-se de multa – será de 20% para quem incrementar seu consumo em até 20%, e de 50% para quem consumir aumentar seu consumo mais do que 20%.

O objetivo do governo é reduzir o consumo de água em 2,5 m³ por segundo. Para entender mais sobre a crise hídrica na Grande São Paulo, leia o relatório da Aliança Água SP.

Leia também: Enquanto a crise hídrica se agrava, grupo protesta plantando árvores

Fonte foto: Maíra Paulino via De olho no tempo




Redação greenMe

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