Campanha pelas praias limpas. O mar vale uma bituca?


Uma ideia para o verão brasileiro que está aí: Na Itália, se colocássemos em fila todas as bitucas de cigarro jogadas em suas belas praias, se criaria uma linha de bitucas de aproximadamente 300 km de comprimento. Foi o que fez a campanha “O mar vale uma bituca?”, que teve este ano sua 5ª edição. Jogar no lugar certo os restos do cigarro, ao invés de abandoná-los na areia, economizaria ao mar anos de poluição.

Por isso, graças à esta iniciativa, foram distribuídos no último verão europeu, 100 mil cinzeirinhos de bolso, laváveis e reutilizáveis, em 400 praias italianas por 1000 voluntários em mais de 8 mil Km de costa em um final de semana, para sensibilizar os banhistas. Junto com o cinzeirinho, se ganhava também um livrinho informativo sobre os tempos de degradação no mar de alguns objetos que fazem parte da vida cotidiana, entre os quais latinhas, isqueiros, garrafas de vidro e de plástico.

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A iniciativa “O mar vale uma bituca?” foi promovida pela Marevivo (uma associação ambientalista italiana), em colaboração com a Japan Tobacco Internacional, realizada com o patrocínio do Ministério do Meio Ambiente italiano, da Capitania dos Portos e o apoio de um Sindicato Balneário.

Segundo a Marevivo, estimando 6 bitucas para cada cinzeirinho, se evitaria às praias ou à águas 600.000 filtros de cigarro por dia.

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Não jogar bituca na praia, não apenas mantem a praia mais limpa como pode evitar a morte de alguns animais como os cetáceos, as tartarugas, os pássaros marinhos e os peixes, que já se encontram em perigo por causa dos vários tipos de lixo jogados aos milhares e a cada ano.

“Tenho certeza de que nenhum de nós jogaria uma bituca de cigarro na nossa sala ou na casa de um amigo e, mesmo assim, para muita gente é espontâneo jogá-la na rua, um gesto que no verão, com a mesma naturalidade, se abandona a bituca nas praias. Por isso eu aderi à campanha que promove um gesto simples e que pode fazer uma grande diferença para o mar, mas no fundo por nós mesmos, porque o mar somos nós e ele é de todos” comentou o famoso ator italiano Cesare Bocci.

“O mar é um elemento fundamental para a vida do homem. Por isso devemos protegê-lo não apenas com sérias e constantes políticas para a sua tutela, mas também tentando promover a naturalidade de pequenos gestos que podem constituir uma grande ajuda na conservação de um bem assim precioso”, acrescentou o Ministro do Meio Ambiente italiano, Andrea Orlando. “Pequenos gestos individuais para obter uma grande conquista coletiva“.




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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