Eles são cheirosos, dão aquela forcinha na limpeza e fazem parte da rotina de grande parte dos lares brasileiros. No entanto, esse aliado pode também ser um inimigo em potencial. Pelo menos é isso que um estudo publicado na revista Nature Microbiology descobriu.
Segundo a pesquisa, o uso de produtos químicos, geralmente usados na limpeza, especialmente desinfetantes e antissépticos, podem estar fazendo as bactérias ficarem mais resistentes. Atualmente, já se sabe que existe uma preocupação muito grande com as superbactérias, que são muito mais resistentes aos medicamentos e uma ameaça à saúde global.
Agora novos estudos – ainda preliminares – mostram que essas bactérias podem se beneficiar também do excesso de limpeza. Existem, hoje, inúmeros produtos que prometem acabar com qualquer tipo de micro-organismo presente no ambiente, no entanto, vale lembrar, esses pequenos seres também são importantes. O corpo humano, desde o nascimento, precisa ter contato com os germes do meio para que consiga criar resistência, fortalecer o sistema imunológico.
De acordo com o microbiologista da Universidade Tuffs (EUA), Stuart Levy, produtos naturais como sabão, água quente e álcool são suficientes para limpar o ambiente e que lavar tudo que se toca com detergentes bactericidas pode perturbar o balanço natural dos micro-organismos no ambiente. Nesse caso, apenas as superbactérias acabam sobrevivendo, o que é um risco e tanto para a humanidade.
Para saber mais:
Leia aqui o estudo Systematic analyses identify modes of action of ten clinically relevant biocides and antibiotic antagonism in Acinetobacter baumannii, publicado na revista Nature Microbiology.
Fonte: Folha de São Paulo
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Categorias: Detergentes
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