5 questões para pensar antes de comprar cosméticos


Você se atordoa com o número impressionante de produtos cosméticos que pipocam nas prateleiras das lojas? A potencial toxicidade de muitos ingredientes químicos usados nos cosméticos te assusta? Quantas vezes você pensou sobre o impacto ecológico dos sabonetes, xampus e cremes, que, inevitavelmente, acabam indo parar no lixo ou ralo abaixo?

Se você respondeu sim a estas perguntas, você está na estrada do Slow Cosmétique, um movimento fundado em 2012 pela jornalista e escritora Julien Kaibeck. Trata-se de um movimento de consumidores que visa sensibilizar sobre a importância do consumo de cosméticos mais responsáveis e ecológicos.

Em seu livro “Slow Cosmétique“, Julien Kaibeck, ilustra algumas razões pelas quais vale a pena fazer uma escolha mais saudável e mais ética em relação aos cosméticos. São questões que devemos considerar antes de comprar estes produtos.

Um olhar para o ambiente

Os cosméticos convencionais fazem uso intensivo de derivados de petróleo e de química sintética. Estes ingredientes não são biodegradáveis, inevitavelmente prejudicam o ambiente, em especial as faunas aquáticas. Os cosméticos devem ser naturais e ecológicos, não usar substância como EDTA, silicones, óleos minerais, etc, cujo impacto ecológico é realmente alto.

E a saúde?

Os cosméticos no mercado são todos estritamente controlados por entidades que certificam a segurança a curto prazo. Por isso, não existiriam produtos cosméticos “ruins” para a saúde. No entanto, os cosméticos convencionais que usam química sintética para obter fórmulas cada vez mais “performáticas”, contêm muitos ingredientes questionáveis e, hoje ainda não foram realizados quaisquer estudos a longo prazo para saber se esses ingredientes podem ser tóxicos ou não para a saúde, quando usados diariamente.

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Marketing…muito marketing

Fabricantes de cosméticos estão investindo grandes somas para desenvolver produtos cada vez mais inovadores e eficazes. No entanto, esta corrida para a excelência tem uma finalidade específica, o lucro. Observe a publicidade feita para promover os cosméticos. As mensagens subliminares são mais bonitas, mais glamourosas, mais jovens…Mas a verdade é que a maioria dos produtos cosméticos é simples e oferece a mesma coisa: conforto, higiene e hidratação superficial.

Do que a pele precisa?

Não há necessidade de se testar uma multiplicidade de cosméticos para perceber que, no final, a pele em primeiro lugar necessita de hidratação e proteção. Para estas duas necessidades essenciais, apenas alguns produtos naturais são suficientes. A pele é um órgão vivo que respira e muda. Para que se conserve fresca, macia e jovem basta hidratá-la e protegê-la. Apenas isso. Não precisa necessariamente ir à procura de uma alga no fundo do mar ou de um extrato de uma planta rara! Os óleos essenciais, as manteigas vegetais, a argila, o sal e o mel seriam suficientes.

Escolha sabiamente

Todos os dias, os cosméticos estão ativos. Interagem com a pele e prometem mudar a sua aparência. No entanto, nem sempre de forma inteligente. O exemplo mais flagrante é o dos cremes e soros anti-rugas. Eles prometem um efeito sobre as rugas, mas contêm apenas uma pequena quantidade de ingredientes ativos, imerso em um mar de óleos minerais e silicones. Faça uma prova: aplique sobre o rosto um óleo orgânico de jojoba por dez dias. Em seguida, faça o mesmo com o soro mais caro no mercado. Você realmente acha que a diferença é significativa? Esta diferença justifica o preço do produto industrial? E o que dizer sobre o marketing feito em torno dele? Assim, cabe ao consumidor se fazer as perguntas certas.

O Slow Cosmétique defende um retorno aos fundamentos, nos lembrando sobre a autenticidade das plantas e dos minerais benéficos para a nossa pele e para o nosso humor. Não rejeita o prazer de usar produtos de beleza, absolutamente não! O prazer é um valor importante para o movimento lento.

Simplesmente, o movimento busca redescobrir prazeres mais simples e mais amigos do ambiente.

E na verdade, se comprar um produto é bom, fazê-lo em casa e dedicar-se ainda mais tempo para ficar bonita não deveria ser melhor ainda? Pense bem!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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