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Vários estabelecimentos alimentícios estão surgindo por todo o mundo inspirados no conceito de sustentabilidade. Milhares de toneladas de alimentos têm como destino o lixo, enquanto milhões de pessoas passam fome.
A facilidade do acesso às redes de supermercado e aos alimentos industrializados contribuiu para o desperdício de alimentos, algo relativamente recente. Não precisa ser muito velho para se lembrar de como nossos pais e avós compravam comida há bem poucos anos. Geralmente, eles iam a uma mercearia próxima de casa e compravam alimentos a granel.
Recuperando essa “moda antiga”, que nunca sai (ou deveria sair) de moda, a loja Maria Granel, em Portugal, tenta recuperar esse imaginário das mercearias de bairro, que exalavam os aromas dos produtos. Na loja, os produtos são apresentados em recipientes individuais, com doseadores, à disposição dos clientes. A loja não utiliza embalagens e a venda de produtos é exclusivamente a granel. Assim, o cliente pode levar de casa as suas embalagens e voltar com todas elas organizadas com os produtos em seus devidos lugares.
Preocupada com o desperdício, a Maria Granel faz o cliente pensar na quantidade de alimentos que ele deve comprar. Afinal, para que comprar 5 kg de feijão se você vai consumir apenas 2 kg? A indústria alimentícia limita a quantidade de alimentos que temos que comprar, mas opções como a Maria Granel nos deixam libertos para compramos o que quisermos na quantidade que nos é necessária.
A eliminação de embalagens tem um impacto na redução de CO2 e na quantidade de resíduos que vão para os aterros, além, claro, de ajudar na conscientização sobre o desperdício alimentar, a fim de evitá-lo.
Outras iniciativas similares também já acontecem em outros lugares. Em Berlim, o Original Unverpackt é um supermecado com zero embalagem. Tudo o que é vendido por lá é conservado em silos e os produtos são vendidos por peso. Os clientes também precisam levar as suas próprias embalagens de casa ou usar as disponíveis na loja, feitas de sacos de papel reciclado.
A Dinamarca também entrou no combate ao desperdício de alimentos ao inaugurar, no país, o primeiro supermercado, o Wefood, que vende somente produtos vencidos, mas ainda em bom estado para o consumo.
E em Pudsey, na Inglaterra, foi aberto o primeiro supermercado de resíduos alimentares do Reino Unido. Esse supermercado vende produtos, cujo destino seria o lixo, desperdiçados por restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. A loja recolhe os alimentos e os recoloca à venda, podendo ser adquiridos por qualquer pessoa que faça uma doação em dinheiro ou com trabalho voluntário.
Em Paris também há um mercado do gênero, é o Biocoop 21, cujo nome foi inspirado na COP 21, a Conferência do Clima, que ocorreu ano passado na Cidade Luz. Lá estão disponíveis 250 produtos orgânicos, com ênfase na produção local. Além disso, os consumidores devem levar as suas próprias embalagens ou adquirirem as vendidas pelo estabelecimento, que são frascos de vidro, sacos reutilizáveis, sacolas de algodão orgânico e outros materiais reutilizáveis.
O que todas essas importantes iniciativas têm em comum é nos mostrar que o desperdício de comida têm um custo muito alto e que a produção alimentar, ao estabelecer uma quantidade determinada e embalagens que só fazem mal para o meio ambiente, ajuda, também, a estimular o desperdício.
PROJETO SUSTENTÁVEL CHAMA ATENÇÃO PARA O DESPERDÍCIO ALIMENTAR
IDEIAS DO MUNDO INTEIRO CONTRA O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS
Fonte fotos: Facebook
Categorias: Consumir, Consumo consciente
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