Insetos em risco de extinção até o final do século, por culpa dos agrotóxicos


Muitas pessoas morrem de medo e até torcem o nariz para eles. Eu mesma não me dou muito bem com insetos voadores “desgovernados”, abelhas e borrachudos, mas se eles existem, é por algum motivo e isso precisa ser respeitado.

Colapso na natureza

O grande problema é que, com o crescimento de agriculturas intensivas e da urbanização, os insetos estão sumindo e alguns entraram em extinção: besouros, escaravelhos e algumas espécies de abelhas, borboletas e mariposas.

Segundo informações fornecidas pela Hypescience, originalmente publicadas na revista Biological Conservation, o desaparecimento dos insetos ameaça um colapso catastrófico nos ecossistemas da natureza. Isso porque os insetos são essenciais para o funcionamento adequado de todos os ecossistemas, servindo de alimento para outros animais, além de serem polinizadores e recicladores de nutrientes.

Muitos pássaros, répteis, anfíbios e peixes, alimentam-se de insetos. No entanto, segundo especialistas, com a população de insetos cada vez mais escassa, esses animais também irão morrer por falta de alimento, refletindo aos poucos na vida humana.

Um estudo realizado na Europa Ocidental, EUA, Austrália, China, Brasil e África do Sul, apontaram que os insetos mais atingidos foram as mariposas e as borboletas, as quais tiveram um declínio de 58% na Inglaterra entre 2000 e 2009.

Em Oklahoma, nos Estados Unidos, mais da metade das espécies de abelhas também desapareceram desde 1947 até hoje. De acordo com as pesquisas, o número de colônias de abelha era de 6 milhões em 1947. De lá para cá este número caiu menos 3,5 milhões.

As causas do desaparecimento dos insetos

Os principais fatores que levaram a esse desaparecimento das populações de insetos foram:

  • Agricultura intensiva que elimina árvores e arbustos;
  • Uso de fertilizantes sintéticos e pesticidas (agrotóxicos) com variedades crescentes e utilizados em áreas protegidas;
  • Aumento da temperatura devido às mudanças climáticas, pois muitas espécies não possuem capacidade rápida de adaptação.

Os cientistas alertam que essa situação é preocupante e estimam que 80% da biomassa de insetos desapareceu em 25 a 30 anos. O professor Dave Goulson da Universidade de Sussex, no Reino Unido, reforça o alerta:

“Deve ser uma grande preocupação para todos nós, pois os insetos estão no centro de toda teia alimentar, eles polinizam a grande maioria das espécies de plantas, mantêm o solo saudável, reciclam nutrientes, controlam as pragas e muito mais. Ame-os ou deteste-os, nós humanos não podemos sobreviver sem insetos”.

Realmente, muitas espécies de insetos não são nada agradáveis, mas se elas existem, alguma função na natureza devem ter, assim como nós. Por isso mesmo, devemos respeitá-las e conservá-las. Vamos proteger nossos insetos para salvar o nosso planeta!

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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