Economia e saúde: mais marmitas e menos restaurantes


Outro dia eu estava conversando com minhas amigas sobre o fato de a pobreza ter sido uma coisa boa para a nossa saúde. Em nossa infância eu e minhas amigas “pobres” levávamos para a escola frutas na lancheira (maçã, banana…), mas as crianças mais abastadas levavam pão com salame, biscoitos recheados, chocolates, etc.

Na época (eu sou de 1974) não existiam 1.000 opções de compra como existem hoje. Para fazer um exemplo simples, eu tinha UMA Barbie; as meninas mais “ricas” tinham no máximo DUAS ou TRÊS. Hoje uma criança de classe alta tem MUITAS Barbies mas até as menos ricas podem ter mais de duas até porque existem as réplicas que custam bem menos e permitem um maior número de compra. O mesmo serve para as guloseimas. Minha mãe não podia comprar guloseimas. Chocolates custavam caro (hoje existem 1.000 opções nos supermercados com diferenças enormes de preços entre eles).

Pois é, os tempos mudaram e por sorte economizar agora está na moda, seja pela questão ambiental (chega de lixo!) seja pela questão de saúde (comida caseira, simples e não industrializada custa menos e é mais saudável).

Comer no restaurante até o início dos anos 2.000 era um luxo. Quem tinha dinheiro para se permitir isso? Os trabalhadores que como eu ganhavam um ticket supermercado de valor irrisório acabavam comprando um salgado com refresco ou mate. De vez em quando um restaurante a quilo a gente se permitia (a melhor opção que além de econômica evita o desperdício) mas ali também existem diferenças enormes de preço e qualidade nos quilões dos grandes centros.

Acaba que a melhor opção hoje é sem dúvida a boa e velha marmita!!!

Muitos locais de trabalho até perceberam essa demanda e criaram espaço (cozinha) para o almoço dos marmiteiros (onde eu trabalhava tinha geladeira, micro-ondas, mesas e cadeiras apesar de não ter o refeitório propriamente dito). E se no seu local de trabalho não tiver, vale comer na própria sala evitando os alimentos que tenham cheiros mais fortes e abrindo as janelas durante o almoço.

O que levar na marmita? Como prepará-la?

Bom, agora que você está se convencendo a (pelo menos algumas vezes na semana) levar a marmita para o escritório, veja algumas dicas de uma marmiteira convicta, eu!

Conservação dos alimentos

No calor brasileiro, se no escritório não tiver geladeira, queijos frescos, maioneses, carnes, feijão, etc não dá para levar a não ser que você use uma boa bolsa térmica (vale a pena comprar se você for usá-la porque dá para usá-la em outras ocasiões como nos picnics e até para levar uma cerveja na praia; os gringos levam porque nós não podemos?).

O que levar?

Saladas no pote de vidro é uma ótima opção.

Leia também: SALADAS NO POTE DE VIDRO: RECEITAS GRINGAS

Outras opções que não estragam é arroz, omeletes e tortas.

E as sopas? Deliciosas acho que é o meu prato preferido. Se for sopa fria como a gaspacho, precisa da geladeira ou da bolsa térmica ou então existem também opções de marmitex que esquentam a comida ligando-os em tomadas para deixar a sopa ou outros alimentos bem quentinhos. É uma ótima opção no caso de não ter onde esquentar a comida no teu trabalho.

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Variedade de nutrientes

O clássico arroz e feijão é a melhor opção pra os vegetarianos mas fica a critério de cada um o que colocar na marmita tentando variar quanto mais, melhor e lembrando das cores e dos tipos dos alimentos: carboidratos, proteínas, fibras, vitaminas e minerais (arroz e massas, leguminosas, carnes, ovos, queijos, verduras e frutas respectivamente).

Não ao desperdício

O bom da marmita é também poder reaproveitar a comida do jantar (o famoso “já te vi” como dizia minha mãe). Nos links abaixo deixo para vocês algumas receitas que ficarão ótimas na tua marmita.

Economia e saúde já! Vale a pena tentar pelo menos algumas vezes na semana. Que tal?

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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