Refrigerantes: uma lata por dia aumenta o risco de câncer


Refrigerantes causam câncer. Nós já falamos sobre a redução da expectativa de vida causada pelos refrigerantes, sobre um documentário produzido no México que liga o consumo de Coca-Cola à obesidade, e em tantas outras oprtunidades sobre alimentação saudável e sobre os alimentos que devemos evitar de comprar. Enfim, não existe nenhuma razão para continuar a consumir refrigerantes. Mas hoje vamos acrescentar mais uma razão à lista: de acordo com uma nova pesquisa, bebidas gaseificadas podem aumentar o risco de desenvolver câncer.

Já sob acusação no passado, o corante caramelo, um corante amplamente utilizado em alimentos e bebidas e definido como potencialmente cancerígeno, vem agora analisado por pesquisadores da Johns Hopkins Center for a Livable Future, em Baltimore, onde argumentam, com novas pesquisas, que o equivalente a uma lata de bebida gaseificada e adoçada por dia, aumenta o risco de desenvolver câncer. E mais uma vez o corante caramelo é o acusado, por produzir o agente cancerígeno conhecido como 4-MEI.

Como observado pelos pesquisadores, norte-americanos com idade superior a seis anos, habituados ao consumo de bebidas carbonatadas, em particular aquelas que têm coloração marrom, têm maior chance de desenvolver câncer do que aqueles que não a consomem.

“Os consumidores de bebidas carbonatadas são expostos a um risco de câncer evitável e desnecessário por causa de um ingrediente que é adicionado simplesmente para fins estéticos“, disse Keeve Nachman, um dos autores do estudo.

A Food and Drug Administration não limita a quantidade de 4-MEI em alimentos e bebidas, porque, de acordo com especialistas, ele não pode ser completamente eliminado. Em qualquer caso, as empresas podem reduzir a quantidade deste agente. Por esta razão, os pesquisadores pediram à FDA para estabelecerem limites máximos de corante caramelo em bebidas.

Segundo os especialistas, os limites devem ser impostos pois a substância em questão encontra-se em muitos produtos amplamente consumidos por crianças, não apenas em refrigerantes, mas também sorvetes, produtos de panificação e doces.

No Brasil

A ANVISA divulgou em 2012 uma nota sobre o uso do corante caramelo VI, dizendo seguir normas internacionais sobre o uso dos aditivos alimentares contidas na Lei 9.782/99. Lê-se na nota que o JECFA – Comitê de Especialistas da FAO/OMS em Aditivos Alimentares – limita a valores muito baixos as quantidades de 4-metilimidazol (4-MEI), a impureza que pode ser formada durante o processamento de alguns corantes caramelos. Assim, a quantidade de 4-metilimidazol ingerida pelo consumo de refrigerantes não seria considerada significativa ou indicativa de risco à saúde humana.

Mas, perante as altas evidências dos malefícios causados pelo consumo de refrigerantes, o que custa evitar o consumo destas bebidas, principalmente às crianças? Independentemente do corante em questão, bebidas carbonatadas representam um dos piores alimentos dos nossos tempos. Por que não preferir um suco natural?

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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