Corantes são um veneno. Vamos eliminá-los da nossa mesa?


Muitos estudos já confirmam o mal que os corantes alimentares – naturais e sintéticos – fazem à saúde.

Todo mundo sabe que o corante vermelho, que é extraído da cochonilha, um insetinho que ataca as plantas hortícolas, gera alergias potenciais por ser uma proteína animal estranha ao nosso organismo. O mesmo problema temos com a ingestão dos corantes amarelos, azuis e muitos outros que povoam os alimentos industrializados.

Por que colocam corantes nos alimentos?

Não é desconhecido de nós, também, porque a indústria alimentícia faz uso de corantes, certo? O objetivo é dar mais cor e vivacidade aos alimentos que produzem, para que se pareçam mais vivos, alegres, saudáveis e apetitosos.

Corantes permitidos, parâmetros e quantidades

Mas, os corantes são permitidos na indústria alimentar, com certeza. E são permitidos até quantidades específicas – porém, estudos também já demonstraram que essas mesmas quantidades, permitidas por lei (Resolução – CNNPA nº 44, de 1977) são extrapoladas muitas vezes. E, para complicar o assunto, a ANVISA afirma que estudos toxicológicos, no entanto, demonstram serem estes corantes inócuos para a saúde. Porém, outros muitos estudos dizem que os corantes artificiais são tóxicos sim.

No entanto, esse “não faz mal à saúde” tem a ver com quanto se come de alimentos industrializados durante a vida. E é preciso lembrar que, junto com os corantes que colorem a comida vem outra gama de conservantes também.

Como os corantes nos afetam?

Em uma entrevista sobre câncer de intestino, a médica Angelita Habr Gama, especialista em coloproctologia e gastrenterologia, professora da Universidade de São Paulo, ao falar sobre a importância da alimentação na prevenção deste tipo de câncer, afirmou que os alimentos ricos em gordura animal, pobres em fibras e ricos em corantes, favorecem a incidência de câncer no intestino. Os “corantes são fator de risco, porque liberam nitrosaminas no intestino, substâncias reconhecidamente carcinogênicas”. A médica fala ainda da importância de divulgar este dado para a promoção da saúde pois os corantes podem facilmente ser eliminados de nossas mesas.

Já para a nutricionista Daniela Mendes Tobaja, existe um grande número de estudos que apontam reações agudas e/ou crônicas relacionadas ao uso de aditivos alimentares, entre estes, os corantes. Os sintomas são geralmente tratados como comuns mas aparecem depois de longa exposição a estes químicos, o que pode favorecer o desenvolvimento de diversas patologias.

As crianças são as mais afetadas – seu metabolismo fica prejudicado e com ele a excreção dos aditivos – corantes e conservantes – não se dá de forma completa. O fígado infantil sofre com o acúmulo destas matérias alheias ao organismo humano e pode provocar inúmeros desequilíbrios. Mas, também os adultos são prejudicados pois seu efeito é, de certa maneira, acumulativo, piorando quanto mais se ingere, durante a vida.

Doenças provocadas por corantes alimentares

● hiperatividade e déficit de atenção

● câncer de esôfago, estômago, cólon, reto, mama e ovário

● obesidade ou sobrepeso

● hipersensibilidade alimentar(com urticária, broncoespasmo, rinite e angioedema, asma, reações anafiláticas e outras diversas reações alérgicas)

● alteração na produção de espermatozóides.

Os corantes mais usados e os problemas que causam

corantes alimentares 2

Amarelo crepúsculo: reações anafilactoides, angioedema, choque anafilático, vasculite e púrpura.

Amarelo quinolina: hiperatividade em crianças.

Amarelo tartrazina: reações alérgicas como asma, bronquite, rinite, náusea, broncoespasmo, urticária, eczema, dor de cabeça, eosinofilia e inibição da agregação plaquetária.

Azul brilhante: irritações cutâneas e constrição brônquica.

Vermelho 40: hiperatividade em crianças.

Vermelho ponceau 4R: anemia e doenças renais, falta de concentração e impulsividade, hiperatividade em crianças.

Vermelho eritrosina: suspeito de causar câncer de tireoide.

Vermelho bordeaux (mistura de amaranto e azul brilhante): crises asmáticas e eczemas.

Os corantes mencionados acima e que, comprovadamente causam doenças quando em interação com outros aditivos ou medicamentos de uso comum já foram banidos em diversos países, conforme informa o IDEC.

O que fazer?

A melhor opção é deixar de usar alimentos industrializados ou, na sua impossibilidade, reduzir ao máximo que puder a ingestão de alimentos com corantes e outros aditivos ou, pelo menos, prefira os alimentos que são coloridos com corantes naturais que, comprovadamente, não sejam causadores de nenhum mal à sua saúde.

Explique às crianças que embora coloridos e atrativos, balas e guloseimas em geral não contêm nada de nutritivo, são apenas açúcar, corantes e aromatizantes artificias que fazem mal à barriga. Parece ridículo mas as crianças ouvem, e no mundo delas, entendem tudo. Pode ter certeza!

Caso você encare estudar a sério essa história de aditivos alimentares, dê uma boa lida neste trabalho de Maria Lúcia Teixeira Polônio e Frederico Peres: Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira e esteja seguro de eliminar este aditivo da sua mesa, promovendo uma alimentação saudável para você e sua família. E olha que não é tão difícil assim.

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Redação greenMe

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Este artigo possui 2 comentários

  1. Dayana
    Publicado em 13/01/2022 às 12:50 pm [+]

    Bom dia! E quanto aos corantes que existem nas cápsulas de suplementos ou remédios? Por que eles colocam corante até nas cápsulas de suplementos alimentares que deveriam ser saudavéis?


  2. Daia Florios
    Publicado em 15/01/2022 às 10:17 am [+]

    Verdade. Mas tem que ler o rótulo. Muitos podem usar corantes naturais. São tantas opções. Veja mais aqui: https://www.greenme.com.br/morar/faca-voce-mesmo/67868-corantes-naturais-faca-voce-mesmo-utilizando-ingredientes-comuns/


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