Homus: origem e curiosidades da famosa pasta de grão-de-bico


A famosa pasta de grão-de-bico, além de nutritiva e saudável, é repleta de histórias, significados e curiosidades. Fique por dentro!

A Origem e o Significado do Homus

O homus, também conhecido como húmus, é uma pasta ou molho salgado que se tornou uma iguaria amada em todo o mundo. Originário do Oriente Médio, o homus é feito principalmente de grão-de-bico cozido e amassado, misturado com tahine (pasta de gergelim), suco de limão e alho. O prato geralmente é guarnecido com azeite, grãos de bico inteiros, salsa e páprica.

A forma tradicional de consumir homus é feito um molho, servido com pão pita, mas agora essa pastinha é produzida em larga escala e apreciada como lanche ou aperitivo em muitas partes do mundo.

A Etimologia e Ortografia do Homus

A palavra homus tem origem árabe, escrita como “حُمُّص” (ḥummuṣ), e significa grão-de-bico. A versão completa da pasta em árabe é “حُمُّص بِطَحِينَة” (ḥummuṣ bi ṭaḥīna), que significa “grão-de-bico com tahine”. No entanto, a grafia da palavra em inglês pode variar, com “humus” sendo uma alternativa comum. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, as grafias “hummus” e “houmous” também são utilizadas. No Brasil, homus, húmus ou hummus são bastante usuais.

A História e a Origem do Homus

A verdadeira origem do homus é um mistério, pois é um prato antigo que não deixou um registro confiável ao longo dos anos. No entanto, seus ingredientes básicos, grão-de-bico e tahine, têm sido consumidos na região do Mediterrâneo e do Oriente Médio por séculos. O grão-de-bico era cultivado na Turquia há cerca de 10.000 anos, e o tahine era mencionado em livros de receitas do século XIII.

Embora os registros escritos mais antigos de um prato semelhante ao homus sejam do século XIII no Cairo, não está claro quando exatamente alguém teve a ideia de combinar grão-de-bico e tahine ou onde isso ocorreu. Algumas fontes afirmam que o homus é mencionado na Bíblia, mas essa conexão é disputada devido à tradução da palavra hebraica “hometz” como vinagre, não homus.

O Homus nas Guerras Culturais

Curiosamente, o homus se tornou um ponto de disputa cultural no Oriente Médio. Vários países, incluindo Síria, Egito, Israel e Líbano, reivindicam a autoria do homus como seu prato nacional. Essa disputa se intensificou com o aumento da popularidade comercial do homus.

Em 2008, a Associação dos Industriais Libaneses processou Israel por violação de direitos autorais, buscando que a União Europeia reconhecesse o homus como especificamente libanês. No entanto, ambos os esforços legais fracassaram, e a verdadeira origem do homus continua indefinida.

Variações Regionais do Homus

O homus é conhecido por suas variações regionais, e muitos países adicionaram seus próprios sabores locais a essa iguaria. Por exemplo, Na Turquia e na Síria, é comum usar iogurte em vez de tahine para fazer homus. A versão turca do homus, chamada “yoğurtlu humus” ou “cacık“, incorpora iogurte em sua preparação, enquanto na Síria, uma variação semelhante é apreciada. Isso confere ao homus turco e sírio uma textura e sabor ligeiramente diferentes, com o iogurte adicionando uma qualidade cremosa e um toque refrescante à pasta de grão-de-bico.

No Egito, a favada é um ingrediente preferido, e o “ful medames” é um prato comum que apresenta favas cozidas temperadas com alho, cominho e limão, enriquecidas com tahine.

Essas variações demonstram a versatilidade e a adaptabilidade do homus a diferentes gostos e tradições culinárias.

O Maior Prato de Homus do Mundo

O homus continua sendo uma fonte de orgulho nacional nas regiões onde é apreciado. Em 2009, o Líbano decidiu preparar o maior prato de homus do mundo para reivindicar sua paixão pelo prato. O prato continha impressionantes 10.452 kg de homus, garantindo um lugar no Livro Guinness dos Recordes Mundiais e demonstrando o amor e dedicação que as pessoas têm por essa iguaria.

Um prato humilde que transcende fronteiras

O homus é um prato humilde que transcende fronteiras e diferenças culturais, unindo as pessoas em torno de seu sabor único e versátil. Sua origem pode ser incerta e disputada, mas sua popularidade é incontestável, tornando-o uma iguaria amada globalmente.

Portanto, da próxima vez que você comer um delicioso homus, lembre-se de que está saboreando um pedaço da rica história culinária do Oriente Médio e do Mediterrâneo.

Fontes:

  1. Wikipedia
  2. Food Republic
  3. BBC

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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