Descoberta científica reconhece que Erva-Santa tem propriedades curativas para a doença de Alzheimer


Nossos antepassados, mesmo sem a tecnologia e o avanço científico que hoje temos, descobriram muitos poderes curativos das plantas e os estudos farmacológicos continuaram se aprofundando no conhecimento dessas plantas, trilhando um caminho de comprovação das propriedades curativas delas.

Fármacos como aspirina, para dores e inflamações; digitálico, para problemas do coração; e artemisinina, utilizada no tratamento da malária, se originaram dos princípios ativos de certas plantas, assim como muitos outros medicamentos.

Nessa linha, outro poderoso composto químico neuroprotetor e anti-inflamatório, a Esterubina, foi descoberto e identificado na Erva-Santa (Eriodictyon californicum), uma planta nativa da Califórnia, que há séculos é utilizada como planta medicinal pelos nativos norte-americanos.

Nas tribos nativas da Califórnia, essa planta é conhecida como “Erva Sagrada”, pois, desde muito tempo estes povos fazem uso dela utilizando suas folhas para tratar febre, dores de cabeça e doenças respiratórias ou amassadas em emplastros para dores musculares, reumatismo e feridas.

Agora, uma recente pesquisa científica comprovou os benefícios da Erva-Santa e seu composto químico chamado Esterubina, para a saúde e tratamento de certas doenças.

O Estudo

Pesquisadores do Instituto Salk (EUA) realizaram um estudo publicado na revista Redox Biology. O objetivo da pesquisa era identificar os compostos naturais da Erva-Santa e seus efeitos benéficos e curativos sobre doenças neurológicas.

Para identificarem a Esterubina na Erva-Santa, os especialistas utilizaram uma técnica de seleção e triagem, consultando uma biblioteca comercial com 400 extratos de plantas que possuem propriedades farmacológicas conhecidas e até famosas. Estes especialistas já haviam utilizado essa mesma forma de identificar em outras plantas medicinais, compostos químicos, como os flavonoides, que têm propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras.

Dessa vez, esse feito ocorreu com a planta Erva-Santa, tendo como resultado a identificação da molécula chamada Esterubina, o principal princípio ativo dessa planta.

“Nossa identificação da Esterubina, como um potente componente neuroprotetor, de uma planta nativa da Califórnia chamada Erva-Santa (Eriodictyon californicum), é um passo promissor nesse sentido.”, diz Pamela Maher, pesquisadora do Instituto Salk.

Os efeitos benéficos da Esterubina

Através dos estudos e pesquisas dessa equipe, evidenciou-se que a Esterubina possui uma potente ação anti-inflamatória nas células cerebrais conhecidas como microglia, além de ter efeito removedor do acúmulo do mineral de ferro.

Esses efeitos da Esterubina contribuem para que não ocorram danos às células nervosas, principalmente por conta do envelhecimento e das doenças neurodegenerativas, ou seja, o composto contido nesta planta apresentou ação benéfica no combate à degeneração das células nervosas.

Sobre essas evidências científicas a Dra Maher, faz uma observação:

“Este é um composto que era conhecido, mas ignorado.”

No Wikipédia em inglês, sobre o composto da Erva-Santa lê-se:

“Pesquisa médica: a flavonoide Esterubina é o principal componente ativo da Erva-Santa e é neuroprotetora contra múltiplas toxicidades do envelhecimento cerebral, incluindo possivelmente a doença de Alzheimer.”

Ou seja, realmente a Esterubina é conhecida, mas ainda há necessidade de maior aprofundamento em seus efeitos curativos e benefícios para a saúde, principalmente em se tratando da doença de Alzheimer.

A Dra Maker e sua equipe pretendem ampliar os estudos e as pesquisas sobre os efeitos do composto curativo dessa planta, para posteriormente utilizá-lo como medicamento no tratamento de doenças, como Alzheimer.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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