Medicina antroposófica: o que é e quais são os seus benefícios para a saúde


Apesar da medicina convencional ter avançado muito por um lado, por outro não tem conseguido tratar o paciente de forma integral. Sendo assim, temos na medicina antroposófica uma alternativa mais humana e holística de se tratar os problemas de saúde.

A medicina antrosófica é uma vertente da Antroposofia, que é uma abordagem que considera a conexão do corpo com o espírito.

Na medicina antroposófica, o paciente é visto em seu todo, não recebendo foco somente na doença para o seu tratamento.

Problemas como alergias, intolerância alimentar, asma, ansiedade, transtornos de déficit de atenção e ataques de pânico, quando tratados com a medicina antroposófica apresentam bons resultados de cura.

Como surgiu a medicina antroposófica

A medicina antroposófica surgiu no início do século XX, como resultado do trabalho de uma equipe de médicos liderados pela Doutora Ita Wegman e pelo filósofo contemporâneo, sistematizador da Antroposofia, Rudolf Steiner.

Essa medicina foi criada com o objetivo de compreender e tratar o ser humano levando em conta sua individualidade com parte emocional e relação com a Natureza.  

O que é a medicina antroposófica?

Uma das principais características desta prática médico-terapêutica é a abordagem centrada no paciente, a partir do conceito de saúde que prioriza a individualidade dele, levando em conta as dimensões emocional, mental e espiritual, tanto quanto a corporal, como desencadeantes das doenças, e que quando tratadas e cuidadas, podem levar à cura.

Esta medicina com base na Antroposofia coloca o paciente em envolvimento direto e ativo com seu processo de prevenção, tratamento e recuperação do bem-estar e saúde, enfim da cura, por meio de atividades de educação e consciência para o cuidado consigo mesmo e de sua saúde de forma integrada.

A medicina antroposófica no Brasil

Nosso país é o segundo do mundo com maior número de médicos antroposóficos, depois da Alemanha.

Existem no Brasil mais de 300 profissionais certificados pela Associação Brasileira de Medicina Antroposófica (ABMA).

Medicamentos antroposóficos

A farmácia antroposófica teve o início de seu desenvolvimento há cerca de 100 anos, comRudolf Steiner e o químico austríaco Oskar Schmiedel, em parceria com médicos, principalmente Ita Wegman, desenvolvedora da medicina Antroposófica.

Os primeiros remédios antroposóficos datam de 1921, quando a Weleda, surgiu na Suíça, como o primeiro laboratório farmacêutico antroposófico. 

Os medicamentos antroposóficos são extraídos da Natureza, visando com isso estimular as forças autocurativas do organismo.

A ação do medicamento antroposófico ocorre de três formas:

  1. Estimula uma ação oposta à doença, por exemplo, se há uma inflamação pode-se empregar uma planta que ative no organismo uma resposta anti-inflamatória, ou seja, a atividade imunológica.
  2. Outra forma de atuação da medicina antroposófica é ação similar à doença, desencadeando uma reação do organismo para trazer a cura, como acontece na Homeopatia, ou seja, o que provoca desequilíbrios também cura.
  3. E, por fim, o princípio que é exclusivo da medicina antroposófica, que é o de promover a vitalidade do órgão ou sistema que precisa de reequilíbrio, tanto com os medicamentos, quanto com ações e cuidados saudáveis.

Semelhante à Homeopatia, muitos medicamentos antroposóficos são dinamizados, quer dizer, diluídos e agitados de modo ritmado várias vezes, com a finalidade de potencializar o princípio vital da substância natural. Mas também existem remédios feitos de tinturas, extratos secos ou chás de plantas, ou seja, medicamentos não dinamizados.

Para o preparo dos medicamento antroposóficos existe um grande zelo com todo o processo de confecção do remédio, desde a qualidade da substância que será empregada até o produto final. 

Só são utilizadas para o preparo dos medicamentos antroposóficos plantas cultivadas de forma orgânica e sem agrotóxicos, colhidas no período em que seus princípios vitais estão mais ativos e, além do mais não há emprego de sustâncias químicas sintéticas na composição dos remédios antroposóficos.

Formas de administração dos medicamentos antroposóficos

Até na forma de administração do medicamento antroposófico, existe todo um cuidado especial de procedimento e administração, como por exemplo, a prata, que é um mineral muito empregado na medicina antroposófica, é dinamizada em consonância com a fase lunar, devido à influência da Lua neste metal e isto já foi evidenciado em diversos experimentos científicos.

As principais formas de administração dos medicamentos antroposóficos são: oral, injetável, subcutânea e tópica (compressas externas de cremes, pomadas ou óleos).

Os medicamentos antroposóficos são regulamentados como categoria de medicamentos dinamizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)-ANVISA por meio da RDC nº 26 de 30 de março de 2007.  

A farmácia antroposófica tem o respaldo do Conselho Federal de Farmácia, sendo reconhecida pela CFF por meio da Resolução CFF 465/2007

Medicina antroposófica: a Ciência da Natureza, como prevenção de doenças

A medicina antroposófica, além do tratamento com os medicamentos antroposóficos, tem como fundamento contribuir para a prevenção de doenças crônicas e comuns em nossa sociedade, com conceitos e princípios que envolvem o estilo de vida e uma medicina integrativa que trata levando em conta: ritmo, movimento, alimentação, relação com a natureza, criatividade, atividade artística, tempo para o descanso, prática da meditação e conexão com o próximo.

A busca pela medicina antroposófica para a prevenção e o tratamento de doenças vem crescendo por ser uma forma de cuidar da saúde baseada em maior compreensão e elevação do ser humano, valorizando sua individualidade em equilíbrio e harmonia com a Natureza.  

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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