Coceira na gestação – Saiba o que esse sintoma pode significar


A gravidez é cheia de peculiaridades. Além dos sintomas que as mulheres precisam lidar, como enjoos, dores e aumento do apetite, existe uma série de doenças que podem se manifestar nessa fase.

É o caso da colestase gestacional. Apesar do nome complicado, esse distúrbio nada mais é do que um problema que surge no fígado e que provoca intensa coceira. Caso manifeste esse sintoma, é importante que a gestante procure um médico, pois a colestase pode gerar complicações, inclusive para o bebê.

Confira abaixo mais informações sobre a doença, os principais sintomas e como é o tratamento.

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O que é a colestase gestacional

A colestase gestacional ainda é uma doença pouco conhecida dos médicos, mas sabe-se que ela acontece em decorrência de um acúmulo de sais biliares no organismo.

A bile é um líquido produzido pelo fígado para ajudar na digestão. No entanto, pode ocorrer na gravidez desse material parar no sangue, causando intensa coceira.

Estima-se que de 0,1 a 2% das grávidas apresentem o problema. Uma das explicações é o fator genético, bem como o aumento nos índices de estrogênio, que pode ser um dos responsáveis por desencadear a doença.

Grávidas de gêmeos, mulheres que passam por fertilização in vitro ou que tenham mais de 35 anos, fazem parte do grupo de risco.

Sintomas

O principal sintoma da colestase gestacional é a coceira intensa.

Geralmente ela começa no terceiro trimestre da gestação, atingindo, principalmente, as palmas das mãos e sola dos pés. Posteriormente, a coceira se espalha pelo corpo todo, e se agrava à noite.

É comum que mulheres com colestase tenham episódios de insônia, além do cansaço e mal-estar, justamente por se coçarem o tempo todo.

Urina escura e fezes claras, além de pele amarelada também podem surgir, mas são menos comuns.

Faz mal para o bebê?

Geralmente a colestase vai embora, após o parto, sem causar maiores consequências. No entanto, é importante fazer o monitoramento do bebê e, em algumas situações, até antecipar o parto, para evitar complicações.

Um dos males que a doença pode causar ao bebê é a possibilidade de parto prematuro. Estima-se que 1 a cada 10 gestantes com o problema dê à luz antes das 37 semanas.

Há ainda um maior risco de que o bebê nasça morto, pois os sais biliares em excesso podem prejudicar a placenta, e, consequentemente, o recebimento de oxigênio para o bebê. Essa situação pode levar o feto a óbito, por isso é essencial que a gestante procure ajuda, caso sinta essa coceira incontrolável.

Como tratar a coceria

Caso a grávida desconfie, deve levar essa questão ao médico de confiança. Ele vai pedir um exame de sangue para verificar como está o funcionamento do fígado. Fará ainda o monitoramento do bebê para se certificar de que a gestação está se desenvolvendo bem.

Uma vez diagnosticada a doença, o tratamento consiste em administrar anti-histamínicos para controlar a coceira, e também um remédio chamado ácido ursodesoxicólico, considerado pelos especialistas um dos mais eficazes para normalizar os sais biliares, que provocam os sintomas.

O médico pode ainda recomendar que o parto seja antecipado para a 37ª ou 38ª semana.

É essencial que a gestante faça o pré-natal corretamente para evitar maiores complicações. No entanto, quando acompanhada, a doença não causa maiores problemas.

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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