Trabalho infantil no Brasil cresce, diz estudo


O número de crianças trabalhando no Brasil aumentou. Condição que deveria ser duramente combatida por governos e sociedade teve um aumento de 11% entre 2014 e 2015.

Um levantamento feito pela Fundação Abrinq, organização que promove a defesa dos direitos de crianças e adolescentes, revela que o número de crianças brasileiras de cinco a nove anos que trabalham cresceu. Entre 5 e 17 anos, são 2,6 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, segundo divulgado pelo UOL.

Os números do trabalho infantil no Brasil

De acordo com a pesquisa (link abaixo), houve um aumento de 8,5 mil crianças de 5 a 9 anos trabalhando no país, isto é, as crianças dessa faixa etária são as que mais trabalham, enquanto houve a redução de 659 mil crianças e adolescentes entre 10 e 17 em tais condições, segundo dados da Pnad 2015.

Conforme dados do IBGE de 2015, 17,3 milhões de crianças de 0 a 14 anos, faixa que equivale a 40,2% da população brasileira, vivem em domicílios de baixa renda. Logo, as regiões onde há maior pobreza (pessoas que vivem com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a ¼ do salário mínimo) concentra a maioria das crianças em situação de trabalho infantil. De acordo com o G1, o Nordeste e o Norte do país apresentam os piores percentuais: de 60% a 54% das crianças que vivem nessas regiões trabalham.

A dura vida da criança brasileira: violência e descaso

São as crianças, também, as principais vítimas de violência no Brasil. 18,4% de crianças e jovens menores de 19 anos foram vítimas de homicídio, em 2015, sendo que 80% foram atingidos por arma de fogo, segundo informa o portal R7.

Esse descaso com a infância vem acompanhado de falta de políticas públicas de cuidado com essa parcela da população. Tanto que o estudo constatou que 70% das crianças não têm acesso à creche no Brasil; 25% dos bebês dos nascidos na região Norte são de mães com menos de 19 anos, além dos 18,4% dos homicídios serem contra menores de 19 anos.

A pesquisa

A pesquisa levou em conta 23 indicadores sociais, dentre eles: mortalidade; gravidez na adolescência; nutrição; cobertura de creche; trabalho infantil; escolarização e saneamento básico.

Veja aqui o trabalho completo: CENÁRIO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO BRASIL 2016

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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