Chega de soja! Lixo orgânico compostado vira ração animal


Um trabalho da Universidade Agrícola de Uppsala, na Suécia, usou larvas para acelerar o processo de compostagem de resíduos domésticos orgânicos – nosso lixo de cada dia – para produzir, no final de tudo, ração animal rica em proteínas.

Este projeto, que é financiado pela empresa Eskilstuna Energy, será implantado, em uma unidade experimental para tratamento de resíduos orgânicos, na cidade de Eskilstuna. O projeto pretende tratar, pelo menos, uma tonelada de lixo ao dia e precisará de meio milhão de larvas para realizar a compostagem.

“É como ficar com o santo e a esmola […]. Estamos prontos para substituir a alimentação nociva para a ecologia e, como bônus, ganhar mais gerindo o lixo”, disse à Rádio Sueca Bjorn Vinneras, professor da Universidade Agrícola de Uppsala.

Segundo Bjorn Vinneras explica, o uso de larvas para a produção em grande escala de comida de animais poderá ser uma opção interessante para os municípios e a indústria.

Chega de soja!

Do ponto de vista ambiental, essa solução também é bastante interessante pois, é muito mais fácil se construir uma planta de compostagem rápida com larvas do que uma unidade de produção de biogás ou qualquer outra solução para resolver a questão do lixo orgânico.

Por outro lado, fabricar ração proteica para a alimentação animal com os resíduos que todo ser humano gera, pelo processo de degradação natural com larvas (que são fonte proteica, em si), economiza uma enorme quantidade de “soja”, terras agrícolas, agrotóxicos e matas.

Como vimos aqui, a soja plantada para ser usada como ração na criação de animais para abate (pecuária), vem devastando o cerrado brasileiro. Uma petição on line pede pelo fim desta prática, chamando a público as próprias redes de alimentação, como os fast foods que usam tanta carne, (nomeadamente o ).

A solução para a demanda da soja na pecuária pode vir, portanto, da Suécia:

“Podemos duplicar as receitas obtendo um produto que tem um alto valor comercial. As proteínas têm um alto preço hoje no mercado mundial”, disse Bjorn Vinneras. O professor afirma que a ração de larvas e lixo é muito mais proteica do que a produzida com soja ou farinha de peixe, produtos que se usam hoje em dia.

A planta experimental será construída no próximo outono, graças ao financiamento da empresa Eskilstuna Energy e da Agência Sueca de Proteção Ambiental.

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Redação greenMe

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