O que fazer com os 10 bilhões de toneladas de lixo que produzimos?


O lixo acumulado no mundo se torna um problema cada vez maior. A noção de que basta jogar o lixo “fora” quando, na verdade, não existe fora, todos os lugares fazem parte do mesmo planeta, da mais desolada favela à mais rica área residencial. Entre 7 e 10 bilhões de toneladas de lixo são produzidos a cada ano e cerca de 3 bilhões de pessoas não têm acesso aos serviços de despejo de lixo. No passado, o alto consumo não existia, ou era regrado a poucos países, mas agora o consumo ocorre em todos os cantos e as estimativas indicam que isto, juntamente com o crescimento populacional e a urbanização, devem aumentar consideravelmente o montante de lixo em áreas mais pobres da África e da Ásia.

Este é o panorama do Gerenciamento Global de Lixo, lançado pelo PNUMA e pela Associação Internacional de Lixo Sólido (ISWA, na sigla em inglês).

Nas palavras do diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner:

“Uma resposta urgente para os problemas de lixo não é apenas um problema ambiental e de saúde pública, mas também um investimento econômico. A falta de ação está custando aos países de 5 a 10 vezes mais do que os próprios investimentos em gerenciamento de lixo. Um compromisso maior por parte das nações para aplicarem sistematicamente os 3 R’s – Reduzir, Reusar, Reciclar – pode transformar o problema do lixo em um recurso para as nossas economias.

O gerenciamento global de lixo proposto por este relatório tem o potencial de resultar em dramáticas reduções de gases de efeito estufa, na criação de milhões de trabalhos verdes e benefícios econômicos de centenas de bilhões de dólares. Ao atingirmos, estaríamos também caminhando a passos largos para realizar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”

Mas não adianta ficar só reclamando e não oferecer uma solução, não é mesmo? Pois o relatório global sobre o lixo aponta sugestões, entre elas melhoria imediata da coleta e despejo de lixo e maximização do reuso e reciclagem.

Há também a questão da mentalidade do ser humano que, como dito acima, acredita que basta jogar o lixo fora que está tudo muito bem. Não está, não! O relatório encoraja a mudança de pensamento, levando as pessoas a considerar o lixo como uma questão maior de gerenciamento de recursos, deixando este problema restrito apenas ao meio ambiente e à saúde.

Exemplos de sucesso de reciclagem e outros planos de gerenciamento de recursos são apontadas no relatório, das quais a inclusão informal de recicláveis no sistema da administração municipal de lixo na Bolívia resultou na coleta e tratamento de 29 mil toneladas de lixo e na criação de 443 trabalhos verdes. Um esquema similar na capital da Colômbia, Bogotá, está retirando 1.200 toneladas diárias de lixo do aterro e empregando cerca de 8.250 pessoas.

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Fonte foto: indiaenvironmentportal.org




Redação greenMe

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