Como serão as cidades em 2100? As mais populosas estarão na África


Você já pensou em como serão as cidades em 2100? Nós não estaremos vivos nessa data, mas quem tem filhos ou pretende tê-los já pode começar a ter uma ideia de como será o futuro deles em grandes cidades do mundo.

Não precisa estar num filme de ficção científica para vislumbrar o futuro. Nada é muito certo, afinal, mas podemos fazer algumas projeções. Uma delas é sobre a população mundial.

A população mundial não para de crescer e isso, certamente, vai mudar a geografia do planeta. Uma matéria publicada na BBC acerca de um estudo recente sobre demografia diz que as regiões metropolitanas mais populosas do mundo, hoje, devem cair desse ranking em 2100, segundo uma projeção feita pelos pesquisadores Daniel Hoornweg, da Universidade de Ontário, e Kevin Pope, da Universidade Memorial da Newfoundland, ambas localizadas no Canadá.

Atualmente, a cidade mais populosa do mundo é Tóquio, com 36 milhões de habitantes. Segundo a pesquisa, em 2100, ela passará a ocupar a 28ª colocação nessa lista, com 26 milhões de pessoas.

A Cidade do México, que está na segunda posição, com cerca de 20 milhões de habitantes, terá mais dois milhões até 2100, embora caia para a posição 34.

São Paulo, a quinta maior região metropolitana, com 19,5 milhões, cairia para a 44ª posição, mesmo com uma leve queda demográfica, com 19,1 milhões.

De acordo com os demógrafos, as regiões mais populosas passariam a estar na África: Lagos (Nigéria), Kinshasa (República Democrática do Congo) e Dar es Salaam (Tanzânia). Essa reorganização demográfica vai provocar uma série de alterações de ordem social, econômica, migratória, política e ambiental.

Hoornweg disse à BBC News Mundo que: “Os poderes econômico e político seguem transitando pelas grandes cidades” e que “essas megacidades fazem uma diferença gigantesca e desproporcional para as economias locais e global. Também influenciam a concentração de riqueza e a poluição”.

A pesquisa se baseou nos dados populacionais do Banco Mundial, de 2006, que divergem dos dados da ONU, que usa uma metodologia diferente para estabelecer os limites geográficas dos centros urbanos.

Mesmo que haja diferenças de critérios, a própria ONU divulgou um relatório no qual Tóquio (37 milhões de habitantes) aparece como a cidade mais populosa do mundo, seguida de Déli (29 milhões de habitantes) e Xangai (26 milhões de habitantes).

Se pensarmos na história da humanidade, o tamanho das cidades sempre esteve relacionado ao seus papéis na economia. Mas, como o futuro é sempre incerto, “existe um temor de que as grandes cidades africanas possam ser uma exceção. Elas crescem em população, mas, em proporção, isso não acontece na economia”, explica Hoornweg.

Um crescimento demográfico caótico representa riscos para a qualidade de vida das pessoas. Logo, o grande desafio do futuro será criar cidades sustentáveis – e esse desafio será ainda maior para os governos das regiões metropolitanas com mais de 50 milhões de habitantes. Afinal, como garantir saúde, educação, saneamento básico, transporte público em escalas exponenciais?

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Sabemos que projetos de infraestrutura demandam tempo, o qual costuma ser bem mais lento do que o aumento populacional. Outro problema diz respeito às mudanças climáticas, já que, das 101 megalópoles analisadas, 47 estão situadas no litoral. Pesquisas têm apontado que o nível do mar tende a subir e tomar parte do território dessas cidades.

O futuro é incerto, mas esse cenário parece ser aterrorizante, como nos filmes de ficção científica!

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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