Armadilha inteligente seleciona e mata mosquitos da dengue e de outras doenças


A epidemia da dengue avança neste ano já tendo causadomorte em vários lugares: Campinas, Londrina, Salvador>, São Paulo, etc. É realmente impressionante e preocupa principalmente quem pensa ser o tipo de vítima ideal dos pernilongos. Mas seria mesmo o caso de liberar mosquitos transgênicos para tentar conter o aumento da dengue? E não só! Para a malária também a alteração genética de mosquitos já pode ser considerada uma realidade. Uma medida bastante arriscada e duvidosa e que já é aplicada no Brasil, Malásia e em breve no Panamá.

Nem precisamos dizer que uma intervenção humana assim forte na natureza poderia trazer sérios riscos à biodiversidade. Mas, esperamos que a estratégia transgênica, antes de causar grandes danos, seja descartada, pois, uma luz no fim do túnel parece dar o ar da graça.

Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Inteligência Computacional do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, desenvolveu – em parceria com colegas do Bourns College of Engineering da University of California Riverside (UCR) e da filial norte-americana da empresa brasileira Isca Tecnologias – um sensor capaz de identificar e quantificar automaticamente diferentes espécies de insetos voadores causadores de doenças ou pragas agrícolas.

Funciona assim: os mosquitos passam pela armadilha, atraídos pelo dióxido de carbono nela contida e têm suas asas analisadas por um sensor que os identifica como prejudiciais ou não. A armadilha seleciona os insetos que devem morrer, sendo levados para um compartimento com papel adesivo dentro da armadilha. Uma armadilha deste tipo já existia antes. O problema era que ela capturava de tudo. Já, o novo dispositivo é capaz de identificar os mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, além de pragas agrícolas.

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Simplesmente o máximo para ajudar nessa empreitada que é a epidemia da dengue e outras doenças causadas por mosquitos – malária, febre amarela – pois o sensor identifica onde o inseto está além de estimar a sua população em tempo real. Melhor que isso, só sendo uma tecnologia econômica. E é!

O artigo publicado na Springer sob o título “Flying Insect Classification with Inexpensive Sensors“, pode ser visto clicando aqui.

Esperamos poder contar com esta tecnologia em breve!

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Fonte fotos: Agência Fapesp




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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