Descobertas 3 novas espécies de mamíferos em Machu Picchu


Recentemente, foram identificadas três novas espécies de mamíferos no Santuário Histórico de Machu Picchu, em Cusco, cidade situada nos Andes peruanos. Estas descobertas incluem o yaguarundi (Puma yagouaroundi), o roedor machetero (Dinomys branickii) e uma espécie de ardila da família Sciuridae.

Yaguarundí (Puma yagouaroundi). Foto: © Sernanp

Yaguarundí (Puma yagouaroundi). Foto: © Sernanp

A investigação, conduzida pelo Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp), utilizou cerca de 200 câmeras-trap, estrategicamente posicionadas para capturar esses mamíferos. A monitorização constante realizada pelos guardas-florestais também foi crucial para essa identificação.

Essas descobertas são resultado de dois projetos: “Uso de Habitat e Parâmetros Populacionais do Urso Andino no Santuário Histórico de Machu Picchu”, liderado pela Conservação do Urso de Óculos (SBC), e o projeto do Museu da Biodiversidade do Peru.

O primeiro projeto busca entender melhor o habitat e os fatores demográficos dessa espécie, contribuindo para a gestão das áreas protegidas. Já o projeto do Museu da Biodiversidade do Peru, em execução desde 2018, avalia padrões de atividade e diversidade de mamíferos de médio e grande porte na região.

Esses estudos sobre a biodiversidade em Machu Picchu são realizados há 100 anos, desde a fauna até a flora. Em maio de 2022, por exemplo, foram divulgadas informações sobre duas novas espécies de lagartixas, a Proctoporus katerynae e a Proctoporus optimus. Essas novas espécies têm características distintas: o yaguarundi é um felino endêmico do sul da América do Norte e do Sul, enquanto o roedor machetero é nativo da América do Sul. Já a ardila da família Sciuridae, além de ser o primeiro membro dessa família identificado em Machu Picchu, foi registrada pelos guardas-florestais Elodio Dávalos e Constantino Quispe.

O Santuário Histórico de Machu Picchu, situado na província de Urubamba (Cusco) com uma extensão de 32.592 hectares, é conhecido mundialmente pela preservação do patrimônio arqueológico de Machu Picchu. Além disso, destaca-se pela riqueza ambiental, com áreas florestais, montanhas e picos nevados.

Segundo o Sernanp, o santuário abrange uma vasta gama de ambientes geográficos, desde picos nevados a mais de 6 mil metros acima do nível do mar até áreas mais quentes e úmidas próximas ao rio Urubamba, abaixo de 2 mil metros.

A diversidade de espécies na região inclui desde aves como o condor-andino até mamíferos como o puma e o urso-de-óculos, além de uma variedade da flora, destacando-se orquídeas e outras plantas nativas. Um paraíso da biodiversidade!

Fonte: SPDA Actualidad Ambiental

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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