Pesquisa revela: as vacas conversam e têm um “vocabulário próprio”! 


Que os animais são seres sencientes já está mais que comprovado. Além disso, assim como nós, eles também têm uma forma de se expressarem e de se comunicarem entre eles.

Nesse conteúdo, serão abordadas informações que vão de encontro à comunicação dos animais, utilizando como exemplo as vacas, que fizeram parte da pesquisa da aluna de doutorado Alexandra Green, cujo artigo foi publicado no Scientific Reports do site Nature.

Seu estudo mostra que estes animais expressam suas emoções, com “vocabulário específico”, por isso, Alexandra Green tem em mente que os resultados dessa pesquisa podem ter implicações importantes e úteis para os criadores de rebanhos, visando o bem-estar animal.

A descoberta teve o apoio da Universidade de Sidney e confirma o que já era na prática conhecido por quem convive e é sensível aos animais: eles sentem e expressam suas emoções de forma individual e peculiar.

No caso desse estudo, ficou comprovado que as vacas falam entre si e, o mais interessante, é que essa comunicação também pode ser interpretada e entendida por nós.

Essa revelação é muito importante, pois, contribui para perceber os estados emocional e físico destes animais, facilitando detectar doença, estresse, medo, desespero, exaustão, irritação, alegria, calma e, assim, por diante.

As vacas se comunicam entre elas e, entendendo o que elas “dizem”, fica mais fácil saber o que se passa com o rebanho.

Como se deu esse estudo

Este  estudo consistiu na gravação de 333 amostras de “vozes” das vacas, que foram interpretadas com o uso de programas de análise acústica em colaboração com algumas das melhores bioacústicas do mundo. Os resultados mostraram que é recomendável os criadores integrarem esse conhecimento das “vozes” individuais bovinas em suas práticas de cuidados diários com o rebanho.

Sobre o objetivo de sua pesquisa, Alexandra Green diz:

“Esperamos que, ao adquirir conhecimento dessas vocalizações, os criadores possam sintonizar o estado emocional de seus bovinos, melhorando o bem-estar dos animais.”

Código interpretativos

Com base nas observações de Alexandra Green foram percebidas diferentes expressões e comportamentos dos animais diante de estímulos diversos.

Situações que geraram comunicações com “reações positivas” foram identificadas  quando os animais “sentiam o cheiro” do alimento e o inverso ocorreu quando as vacas tiveram acesso negado à alimentação ou durante o isolamento físico e visual do restante do rebanho.

Graças a esse “código interpretativo”, os criadores podem reconhecer os animais do rebanho que necessitem de maior atenção individual.

Conheça neste vídeo Alexandra Green e sua pesquisa:

Que os apontamentos deste estudo realmente contribuam para que os animais sejam entendidos e tratados com mais empatia, respeito e sensibilidade!

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Fonte foto: Lynne Gardner/Sidney University




Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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