Você sabe qual é a diferença entre ovos orgânicos e convencionais?


Ovos são alimentos que figuram entre as melhores fontes de proteína que existem.

Consumidos por pessoas de praticamente todas as classes sociais, faixas etárias e até mesmo por determinados grupos de vegetarianos, esse alimento contém uma questão séria, mas que muita gente não faz ideia de como responder: qual a diferença entre ovos orgânicos e convencionais?

Assunto para pisar em ovos

Já ao quebrar um ovo convencional e um orgânico, colocando-os um ao lado do outro, será possível, rapidamente, perceber a diferença entre ambos. O primeiro é mais “vistoso”, amarelo, e tem um cheiro particular – mais acentuado – até mesmo o sabor guarda diferenças, em relação ao orgânico.

Vamos ver então se há mais diferenças entre os tipos de ovos?

O ovo convencional

Tente imaginar uma linha de produção de biscoito, ou de um salgadinho qualquer. É exatamente o mesmo princípio utilizado na produção de ovos. Ou seja, por comparação, são galinhas, em vez de aparelhos. Desse modo, os animais trabalham como máquinas, o que serve para provocar prejuízos evidentes para a saúde das galinhas, o que acaba resvalando na qualidade do próprio ovo e dos nutrientes que ingerimos.

Os animais ficam em gaiolas em bateria – ou seja, espaços reduzidíssimos, menores que o tamanho de uma folha de papel ofício, onde sequer conseguem se mexer; apenas colocam ovos seguidamente – por toda a vida. Acabam sofrendo por estresse, paralisia e fraqueza.

Organizações mundiais de defesa dos animais, como a Humane Society International – HSI – já apontaram que as gaiolas restringem severamente os movimentos dos animais e, por isso, são privadas de hábitos naturais a seu desenvolvimento.

Como se não bastasse todo o sofrimento animal, os ovos recolhidos ainda ficam repletos de elementos químicos usados para intensificarem o sabor, o cheiro, a cor etc. Em suma: são alimentos feitos para vender, não para alimentar, de fato.

O ovo orgânico

Já os ovos chamados de orgânicos procuram respeitar a vida animal, recolhendo os ovos que são colocados, de modo bem próximo ao do habitat das galinhas. Há inclusive parâmetros oficiais para esse tipo de cultivo, segundo a Ecocert; que segue todas as diretrizes internacionais da Human Farm Animal Care no país. Inclusive, a certificação auxilia em práticas mais humanizadas para tratamento não só de galinhas poedeiras, mas também de cabras, de bovinos, de ovelhas, suínos, perus e de frangos de corte.

Segundo o documento, o administrador das instalações deve se preocupar em proporcionar:

  • Instalações físicas adequadas e adaptadas ao bem-estar dos animais;
  • Deixar água suficiente para os animais;
  • Controlar o número de aves no espaço;
  • Padrões de higiene;
  • Cuidados de saúde;
  • Alimentos frescos para os animais;
  • Rejeição a promotores de crescimento – como hormônios;
  • Antibióticos só serão administrados, perante prescrição veterinária, entre outros.

A grande diferença

A grande diferença entre ovos convencionais e orgânicos é justamente a maneira pela qual as galinhas são criadas – e tratadas – para garantir a produção, em grande escala, de ovos.

Esse assunto nos faz refletir sobre a maneira pela qual a grande valorização da altíssima produtividade leva o ser humano a se sentir moderno, mas sem qualquer solução para questões ambientais, econômicas ou sanitárias.

Infelizmente porém nem sempre é fácil garantir a compra de um produto ético apenas pelo seu rótulo. Às vezes os rótulos “caipira” ou “orgânico” podem enganar.

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Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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