Salvando o último rinoceronte-branco-do-norte do mundo


Quase varrido para sempre da face da Terra por caçadores ilegais em busca de seus chifres vendidos no mercado negro, altamente rentáveis. Estamos falando do rinoceronte-branco-do-norte (Ceratotherium simum cottoni), uma das duas subespécies do rinoceronte-branco, já extinto na natureza selvagem. Sudan é o último macho de ocorrência natural em todo o mundo. Vive com duas fêmeas da sua mesma subespécie no Quênia, a 200 quilômetros ao norte de Nairobi. 

O problema é que os chifres destes animais podem valer mais de US$ 75.000 o kg. É por isso que os caçadores ilegais armados exterminaram esta espécie nas últimas décadas. A caça ilegal é um negócio que rende US$ 17 bilhões por ano, impulsionada pela demanda de marfim na Ásia, onde acredita-se que o chifre do rinoceronte tenha propriedades medicinais totalmente não comprovadas.

Felizmente, Sudan não está sozinho. Em sua companhia se encontra uma equipe de guardas florestais do Ol Pejeta Conservancy que monitora 90 mil hectares de área de conservação e trabalha na aplicação da lei local. Suas ferramentas de alta tecnologia incluem rastreadores GPS e aviões de vigilância além de cães treinados para encontrar seres humanos e detectar violações de segurança.

Atualmente, cientistas estão considerando a possibilidade de fazer inseminação artificial na tentativa desesperada de salvar a espécie.

Existem apenas 5 rinocerontes-brancos-do-norte, atualmente, no mundo.

Sudão em companhia

Sudão

Sudão e um protetor

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Fonte fotos: Dai Kurokawa/European Press Agency




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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