COP23: instituições brasileiras e estrangeiras discutirão alternativas para o enfrentamento das mudanças climáticas


Hoje, na 23ª Sessão da Conferência das Partes (COP 23) que está acontecendo em Bonn, Alemanha, organizações brasileiras e estrangeiras irão debater sobre as possíveis soluções para o problema das alterações climáticas que estão ocorrendo no mundo todo e que são objeto central da Convenção-Quadro da ONU sobre a Mudanças do Clima.

Instituições privadas do setor empresarial, sociedade civil e organizações deverão apresentar iniciativas que possam contribuir para o cumprimento das metas estabelecidas pelos Estados na COP21, o Acordo de Paris. A ideia é discutir a Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE), ou seja, a adaptação às mudanças climáticas com base na conservação dos ecossistemas.

A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza que participa do encontro defende a inclusão da AbE nas políticas públicas sobre mudança climática no Brasil, apresentando os resultados de seus estudos e trabalhos: “estamos desenvolvendo um estudo sobre a infraestrutura natural para a segurança da água no Brasil, em parceria com a WRI Internacional, IUCN, TNC e IBio, que tem como meta elucidar os principais gargalos para a implementação de soluções baseadas na natureza para a segurança da água no Brasil, usando um estudo de caso com foco em três das maiores capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória”, diz Juliana Ribeiro, analista de projetos ambientais da instituição.

Entre outras propostas desatacam-se a metodologia da IEFE-Bocconi University usada para avaliar as Soluções Baseadas da Natureza (SBNs) com o projeto H2020 Urban Greenup em três cidades europeias. “As SBNs são estritamente ligadas ao bem-estar humano e, de fato, sua implementação gera uma série de impactos, benefícios e efeitos colaterais sobre o ambiente humano. Por isso, para avaliá-las é necessário o uso de metodologias que são capazes de pegar todos esses aspectos”, comenta Eduardo Croci, diretor de pesquisas da Universidade.

O Banco Mundial trará orientações sobre como melhorar as práticas de implementação das SBNs incluindo o uso de tecnologias inovadoras, de compartilhamento de experiências além das opções de financiamento para que os setores privados possam enfrentar os riscos das alterações climáticas que atingem a todos os setores da sociedade.

São muitas e boas propostas que todos esperamos possam ser realizadas para o bem de todos.




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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